The MSF surgery team in Bangassou is operating a patient who suffers from inguino-scrotal hernia, on January 29, 2021

Apesar da insegurança contínua, Médicos Sem Fronteiras (MSF) continua administrando programas voltados para a saúde materno-infantil e em respostas aos conflitos, deslocamentos e surtos de doenças na República Centro-Africana (RCA). 

Embora o conflito tenha diminuído nas principais cidades controladas pelo governo e pelas forças aliadas estrangeiras em 2022, a insegurança permaneceu alta nas áreas rurais, onde grupos armados de oposição estiveram ativos. Até o final do ano, o número de centro-africanos deslocados internamente e de refugiados originais de países vizinhos somava 1 milhão de pessoas, de acordo com a ONU. 

A violência continuou afetando a vida das pessoas e limitando a oferta de ajuda humanitária. Equipes de MSF foram vítimas de vários incidentes, incluindo um ataque a um comboio de veículos nos arredores de Kabo, em janeiro, que nos forçou a fechar o projeto que mantínhamos no local há 16 anos. 

Continuamos administrando 12 projetos de saúde básica e especializada em todo o país, concentrando esforços na oferta de cuidados de saúde materno- infantis, cirurgia, violência sexual e tratamento para HIV e tuberculose. Implementamos um modelo de cuidados descentralizados nas localidades onde foi possível fazê-lo, oferecendo, assim, cuidados mais próximos aos pacientes. 

Também respondemos a surtos de doenças resultantes da baixa cobertura vacinal, como o de coqueluche, em Baoro, e lançamos uma campanha de vacinação em Kembé, para oferecer proteção contra doenças evitáveis, incluindo sarampo, pólio, febre amarela e meningite. 

Em Ippy, ajudamos milhares de pessoas deslocadas pelos confrontos, oferecendo cuidados médico e vacinas com múltiplos antígenos, instalando redes de abastecimento de água e sistemas de saneamento e distribuindo itens de primeira necessidade.

A malária continuou sendo o principal motivo de visitas às nossas unidades de saúde e a principal causa de morte entre crianças menores de cinco anos. 

Dando continuidade aos esforços iniciados em 2014, voltados para a redução das taxas de mortalidade materno-infantil na capital do país, Bangui, MSF concluiu a construção de novas maternidades e enfermarias neonatais em um hospital e começou a oferecer atendimento obstétrico e neonatal de emergência. 

Dados referentes a 2022

490.800

Casos de malária tratados

8.400

Intervenções cirúrgicas

6.500

Atendimentos a sobreviventes de violência sexual

890.100

Consultas ambulatoriais

17.300

Partos assistidos

69.800

Pacientes internados

6.110

Pessoas em tratamento ARV de primeira linha sob cuidados diretos de MSF

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