Cuidados de saúde sexual e reprodutiva em Choloma, Honduras
Foto: Christina Simons/MSF

O programa de longa duração de Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Honduras dedica esforços a prestar assistência a vítimas de violência. Em 2022, também trabalhamos em comunidades migrantes e respondemos a emergências, incluindo um surto de dengue. 

 Depois de muitos anos de instabilidade política e social, um novo governo tomou posse em 2022, prometendo superar os problemas de violência e pobreza do país. Segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Honduras registra a maior taxa de homicídios da América Central, e é um dos lugares mais perigosos do mundo para as mulheres. 

 Ao longo de 2022, MSF trabalhou com o Ministério da Saúde de Honduras, oferecendo cuidados médicos e psicossociais de emergência a vítimas de violência, incluindo violência sexual, em San Pedro Sula, Choloma e na capital, Tegucigalpa. 

 Após 11 anos de esforços dedicados a diálogos institucionais, o país aprovou um protocolo referente à oferta de cuidados abrangentes para vítimas e sobreviventes de violência sexual, incluindo o uso de anticoncepção de emergência, que estava proibido desde 2009. 

 Comemoramos esse importante passo rumo aos cuidados abrangentes e de qualidade a sobreviventes de violência sexual. No entanto, desafios significativos continuam presentes em sua implementação e, por essa razão, daremos apoio técnico e operacional ao processo. 

 Em Choloma, administramos clínicas móveis que oferecem consultas de planejamento familiar, de pré e pós-natal e apoio à saúde mental em comunidades marginalizadas. Em San Pedro Sula, trabalhamos para melhorar o acesso a cuidados médicos e de saúde mental de profissionais do sexo e da comunidade LGBTQIAP+, com consultas de planejamento familiar, exames para detecção de câncer do colo do útero, profilaxia pré-exposição para prevenção do HIV e vacinação contra o papilomavírus humano.  

 Em 2022, MSF também enviou equipes móveis a dois pontos na fronteira com a Nicarágua para prestar assistência médica, psicológica e social aos migrantes que se dirigiam ao norte, rumando para o México e para os Estados Unidos. 

 Além disso, respondemos a emergências, incluindo um surto de dengue em um dos bairros mais densamente povoados de Tegucigalpa e as consequências do furacão Julia em San Pedro Sula, onde nossa equipe realizou atividades de fumigação, apoio à saúde mental, distribuição de kits de higiene e promoção de saúde. 

Dados referentes a 2022

27.100

Consultas ambulatoriais

121 (posições equivalentes a período integral)

Número de profissionais

5.630

Atendimentos individuais de saúde mental

4,1 milhões de euros

Despesas

230

Pessoas tratadas por causa de violência sexual

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