As políticas migratórias restritivas da União Europeia e da Grécia continuaram impactando negativamente a saúde e a dignidade dos requerentes de asilo, refugiados e migrantes que chegaram à Grécia em 2022. Ao longo do ano, a equipe de Médicos Sem Fronteiras (MSF) testemunhou o grave impacto que as condições de vida precárias, os procedimentos arbitrários de asilo e o medo da deportação tiveram na saúde física e mental das pessoas. 

 Nossas equipes continuam trabalhando nas ilhas de Lesbos e Samos e em Atenas, oferecendo cuidados de saúde primários, tratamento para doenças crônicas, apoio psicológico e psiquiátrico e serviços de saúde sexual e reprodutiva, com foco em sobreviventes de violência sexual. Nossos projetos também oferecem apoio social e jurídico. 

 Em Samos, administramos um centro diurno em Vathi que atende às necessidades médicas de refugiados, requerentes de asilo e migrantes. Também oferecemos cuidados de saúde básica por meio de clínicas móveis na área do Centro Fechado de Acesso Controlado (CCAC, na sigla em inglês) de Samos.  

 Em Lesbos, MSF atua em uma clínica em frente ao CACC de Mavrovouni. Em 2022, realizamos atendimentos de primeiros socorros médicos e psicológicos de emergência aos recém-chegados à ilha e organizamos referências por ambulância para o hospital para aqueles que precisavam de cuidados adicionais. Essa intervenção nos permitiu não apenas garantir o desembarque seguro das pessoas, como também testemunhar sua recepção pelas autoridades. 

 Em Atenas, nosso centro diurno oferece uma variedade de serviços de saúde, serviços sociais e jurídicos para migrantes excluídos do sistema nacional de saúde. Assistentes sociais e mediadores culturais ajudam os pacientes a navegar o sistema de saúde e garantir que suas necessidades básicas sejam atendidas, na medida em que especialistas jurídicos orientam sobre seus direitos. Além disso, as clínicas móveis oferecem cuidados de saúde básicos, serviços de saúde sexual e reprodutiva e atividades de promoção de saúde para pessoas vivendo em meio a condições precárias na cidade e em sete campos de refugiados na região da Ática. Na primeira metade de 2022, operamos o projeto Acesso à Vacinação Contra a COVID-19, que visa facilitar o acesso à vacinação aos migrantes excluídos e refugiados que vivem nestas localidades. 

 

Saiba mais em: https://www.msf.org.br/noticias/centros-cercados-para-refugiados-nas-ilhas-gregas-agravam-o-trauma-psicologico/ 

Dados referentes a 2022

22.500

Consultas ambulatoriais

45

Sobreviventes de tortura tratados

7.450

Consultas individuais de saúde mental

820

Pessoas tratadas por causa de violência sexual

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