Voenna Rampa centre. Sofia, Bulgaria
Foto: Alessandro Penso/Magnum Foundation

Entre julho de 2023 e outubro de 2024, MSF desenvolveu um projeto de assistência médica a requerentes de asilo e refugiados em Harmanli, na Bulgária. 

 

 O centro de registro e acolhimento de Harmanli, localizado próximo à fronteira com a Turquia, continua sendo o principal centro administrado pelo governo para requerentes de asilo, migrantes e refugiados que chegam à Bulgária.  

 A superlotação, a falta de higiene e o acesso limitado aos serviços médicos contribuem para problemas de saúde, incluindo surtos frequentes de sarna e infecções respiratórias. Desde julho de 2023, MSF realiza consultas gerais de saúde, incluindo apoio à saúde mental e tratamento de doenças crônicas, além de oferecer sessões de promoção da saúde. Para resolver questões de higiene, nossas equipes implementaram um programa de controle de vetores. Isso envolveu a desinfecção de quartos e colchões, além de capacitar em boas práticas de higiene tanto a equipe do centro de acolhimento quanto os residentes. 

 Em 2024, políticas governamentais mais rígidas, apoiadas pela União Europeia e pela Frontex, levaram a uma acentuada redução no número de pessoas que cruzam a fronteira em busca de asilo e proteção. Em outubro, diante da baixa taxa de ocupação em Harmanli, decidimos transferir nossas atividades para o órgão nacional responsável por refugiados, a Agência Estatal para os Refugiados. 

 Quando o projeto foi encerrado, ainda havia alguns desafios estruturais no centro. Por exemplo, nem sempre havia um médico disponível, e o acesso ao apoio à saúde mental era limitado, apesar das necessidades de muitos residentes, que haviam vivenciado traumas e situações de violência. No entanto, a prestação global de cuidados médicos melhorou, e um dermatologista realizava consultas regulares. 

 As atividades de MSF em Harmanli evidenciaram lacunas persistentes nos sistemas de acolhimento e de saúde da Bulgária para refugiados, migrantes e requerentes de asilo. Embora o nosso programa na Bulgária tenha terminado, seguimos monitorando as necessidades humanitárias e médicas no país e estamos prontos para regressar, se necessário. 

Dados referentes a 2024

19

Equivalente em tempo integral

340

consultas individuais de saúde mental

0,8 milhão de euros

Despesas

6.040

consultas ambulatoriais

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