Os pacientes levam seus filhos para exames regulares em clínica comunitária no centro comunitário Ezequiel Zamora, localizado na fronteira com a Colômbia, no estado venezuelano de Táchira. Venezuela, abril de 2022. © Matias Delacroix

Com a crise socioeconômica na Venezuela não mostrando sinais de abrandamento em 2023, Médicos Sem Fronteiras (MSF) continua a preencher lacunas na assistência médica e a reabilitar instalações de saúde em todo o país. 

Ao longo do ano, as equipes de MSF apoiaram serviços médicos em centros de saúde e trabalharam com autoridades locais para reabilitar eletricidade, gestão de resíduos, água e saneamento, além de doar  suprimentos médicos e fornecer treinamento para a equipe. 

Nossas atividades médicas incluíam assistência médica geral, serviços de saúde sexual e reprodutiva, cuidados para vítimas e sobreviventes de violência sexual, diagnóstico e tratamento de malária, suporte de saúde mental e promoção da saúde. 

Nos estados de Anzoátegui e Bolívar, trabalhamos para aumentar a prestação de serviços de saúde sexual e reprodutiva. Os principais serviços incluíam: planejamento familiar, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e assistência durante o parto. 

Também continuamos nosso programa de malária no estado de Bolívar, onde trabalhamos há sete anos para reduzir a alta incidência da doença, com foco no diagnóstico e tratamento precoces, controle de vetores e promoção da saúde. Também realizamos workshops de treinamento técnico para a equipe do programa nacional de malária no município de Sifontes. 

Em Delta Amacuro, uma região densamente florestada e de difícil acesso, cortada por vários rios e cursos de água, enviamos uma equipe multidisciplinar para melhorar o acesso à assistência médica primária para as comunidades majoritariamente indígenas que vivem lá. Essas comunidades sofrem de uma série de doenças preveníveis causadas pelas condições precárias em que vivem e pelas múltiplas barreiras que enfrentam no acesso à assistência médica. As doenças incluem as transmitidas pela água, como infecções parasitárias,   diarreia emalária, além de    doenças transmitidas por insetos, infecções respiratórias e desnutrição. A falta de cuidados no pré-natal e no pós-nascimento   também aumenta os riscos para mulheres grávidas e seus bebês. A equipe também fez grandes esforços para superar as barreiras de idioma e acesso e para adaptar o atendimento à cultura local. Nossas equipes trabalharam para aumentar a conscientização sobre as melhores práticas de saúde, higiene adequada e prevenção de doenças. 

Em 2023, nosso projeto no estado do Amazonas foi fechado, depois de trabalhar para fortalecer os serviços em diversas áreas urbanas e rurais, inclusive aumentando a capacidade de fornecer atendimento ambulatorial. Durante quatro anos, nossas equipes também realizaram sessões de educação em saúde baseadas na comunidade e reforçaram práticas de saúde preventiva. 

Dados referentes a 2023

8.160

consultas pré-natais

190

pessoas tratadas por violência sexual

24.100

consultas para serviços contraceptivos

461

Equivalente em tempo integral

1.120

casos de malária tratados

12,3 milhões de euros

Despesas

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