Ao longo do ano, MSF ofereceu serviços de apoio a migrantes, refugiados e requerentes de asilo submetidos a práticas migratórias restritivas e desumanas na Grécia. 

O número de chegadas pelo mar aumentou 31% em comparação a 2023, sobrecarregando os centros de acolhimento, que são mal administrados. Em Samos, por exemplo, aonde mais de 10 mil refugiados chegaram nos primeiros meses de 2024, o Centro de Acesso Controlado Fechado (CCAC) permaneceu superlotado, com acesso limitado a serviços básicos. Políticas de saúde pública ineficazes resultaram na disseminação de doenças, como sarna e infecções gastrointestinais, agravando o sofrimento das pessoas ali detidas. Disponibilizamos unidades móveis dentro do CCAC e um centro diurno em Vathi com o objetivo de oferecer cuidados médicos essenciais à população.

As chegadas a Lesbos oscilaram ao longo do ano, mas ainda representaram 20% do total anual. No CCAC de Mavrovouni, MSF ofereceu serviços multidisciplinares, incluindo cuidados de saúde básicos, apoio à saúde mental e psicossocial, cuidados de saúde sexual e reprodutiva, atividades de promoção da saúde e encaminhamento para serviços jurídicos. Também coordenamos uma campanha contra sarna durante o verão. 

Em 2024, as ilhas do Dodecaneso foram o ponto principal de entrada na Grécia para 36% das chegadas pelo mar. Entre agosto e dezembro, MSF administrou unidades móveis em Kos, prestando apoio multidisciplinar tanto no CCAC quanto no hospital público da cidade de Kos. 

Em Atenas, nossas equipes continuaram a oferecer serviços médicos para pessoas em deslocamento, na cidade e em três campos próximos. Em setembro, iniciamos a redução gradual desse projeto, transferindo nossas atividades voltadas para doenças não transmissíveis ao Sistema Nacional de Saúde e à organização Médicos do Mundo. 

MSF também prestou socorro a náufragos na costa de Samos, Lesbos e Kos, oferecendo cuidados médicos e psicológicos aos sobreviventes e às famílias das vítimas. Em Rodes, fornecemos kits de higiene, camas e cobertores aos migrantes, refugiados e requerentes de asilo que aguardavam transferência para instalações oficiais. 

Ao longo do ano, continuamos a defender respostas humanas à migração, incluindo a melhoria do acesso aos cuidados de saúde e condições dignas de acolhimento. 

Dados referentes a 2024

30.900

Consultas ambulatoriais

212

Equivalente em tempo integral

5.850

Consultas individuais de saúde mental

10,1 milhões de euros

Despesas

390

Pessoas tratadas por causa de violência sexual

2.270

consultas para serviços contraceptivos

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