Cuidados psicosociais para vitimas de violência sexual na Guatemala
Foto: Natacha Buhler/MSF

Na Guatemala, Médicos Sem Fronteiras (MSF) continua administrando um projeto de cuidados voltados para pessoas com doença renal crônica e atividades de apoio a migrantes em trânsito pelo país. 

 Desde 2021, temos concentrado esforços em nosso projeto de nefropatia mesoamericana1 para fortalecer a resposta à doença renal crônica não tradicional. Segundo dados do Ministério da Saúde, há mais de 10 mil pacientes em tratamento para a substituição da função renal na Guatemala, país com uma das maiores taxas de mortalidade por insuficiência renal crônica das Américas (14 a cada 100 mil). 

 Nossas equipes trabalharam em três municípios do departamento de Escuintla, uma área quase inteiramente destinada a plantações de larga escala. As principais atividades do projeto são a detecção precoce, o tratamento, o apoio à saúde mental, o suporte social e a oferta de cuidados paliativos. Também desenvolvemos atividades de promoção de saúde e educação para aumentar o conhecimento sobre a doença e promover medidas de prevenção a nível comunitário. 

 A Guatemala também figura na rota dos fluxos migratórios da América Central. Milhares de pessoas transitam pelo país todos os dias a caminho do Hemisfério Norte, em direção ao México e aos EUA, ou retornando aos seus países de origem, após terem sido deportadas. 

 Em 2022, enviamos duas equipes móveis a diferentes localidades nos departamentos de San Marcos e Huehuetenango, onde prestamos atendimento médico e psicológico, além de termos realizado atividades de promoção de saúde e apoio social a migrantes. No final do ano, começamos a oferecer esses mesmos serviços móveis em Ciudad Tecún Umán, cidade próxima à fronteira com o México, trabalhando na rodoviária, no abrigo para migrantes e no centro para pessoas que haviam retornado dos países do Norte. Como todas as atividades de MSF no México e na América Central, o projeto tem um forte componente de advocacy, que busca, principalmente, debater as políticas repressivas de migração dos EUA e pedir maior acesso a cuidados, sobretudo a serviços de saúde mental e proteção contra a violência para os migrantes. 

 

Dados referentes a 2022

8.210

Consultas ambulatoriais

3,1 milhões de euros

Despesas

1.140

Consultas individuais de saúde mental

73 (posições equivalentes a período integral)

Número de profissionais

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