Pessoas, inclusive famílias inteiras, seguem para o norte integrando uma "caravana" de cerca de 500 migrantes que viajam da cidade de Tapachula, no sul, em direção ao norte do país. México, setembro de 2021. © Yesika Ocampo/MSF

Em 2024, o México acolheu um número significativo de solicitantes de asilo e pessoas em movimento. MSF oferece cuidados médicos e apoio em saúde mental por meio de clínicas em todo o país. 

 

Os pedidos de asilo no México aumentaram exponencialmente na última década, chegando a 86 mil em 2024. No entanto, os requerentes de asilo representavam apenas uma pequena parcela do total de migrantes em trânsito pelo país, muitos dos quais com o objetivo de chegar aos Estados Unidos (EUA). Segundo estatísticas oficiais, 925 mil pessoas se deslocaram dentro do país entre janeiro e agosto de 2024. 

Em Tapachula e Coatzacoalcos, no sul do México, prestamos assistência aos recém-chegados e às pessoas que ficaram retidas por dificuldades na obtenção de autorizações de trânsito. Ao longo do ano, adaptamo-nos às mudanças nas rotas migratórias e prestamos apoio temporário em Suchiate e Juchitán. 

Após as eleições nos EUA, houve aumento nas caravanas de migrantes. Em resposta, expandimos nossa assistência por meio de clínicas móveis no final de 2024. 

Na Cidade do México, as equipes de MSF ofereceram cuidados médicos, apoio de saúde mental e fisioterapia a sobreviventes de violência extrema — tanto cidadãos mexicanos quanto migrantes — em uma clínica dedicada. Além disso, ampliamos nossas atividades com clínicas móveis em acampamentos informais. 

Após sete anos de atividade, encerramos em setembro nosso projeto em Piedras Negras, na fronteira norte. No entanto, continuamos trabalhando em Reynosa e Matamoros, proporcionando cuidados de saúde básicos e apoio de saúde mental aos migrantes alojados em abrigos específicos a esse fim, enquanto aguardam para cruzar a fronteira e solicitar asilo nos EUA. 

Nossas equipes relatam que os migrantes atendidos — especialmente mulheres e crianças, que chegam em número cada vez maior — frequentemente têm acesso limitado a serviços básicos e passam longos períodos em ambientes insalubres e hostis. Essas condições agravam problemas de saúde, como infecções respiratórias, doenças de pele, transtorno de estresse pós-traumático e outros distúrbios de saúde mental associados à exposição à violência extrema. 

Dados referentes a 2024

49.900

Consultas ambulatoriais

77

consultas pré-natais

640

pessoas tratadas por violência sexual

9.840

Consultas individuais de saúde mental

276

Equivalentes em tempo integral

800

consultas para serviços contraceptivos

12,4 milhões de euros

Despesas

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