MSF está atuando para ampliar o acesso aos serviços de saúde na Armênia para grupos frequentemente excluídos dos serviços públicos, incluindo pessoas privadas de liberdade, profissionais do sexo e comunidades deslocadas. 

Após mais de 100 mil pessoas terem buscado refúgio na Armênia em decorrência do conflito em Nagorno-Karabakh — território internacionalmente reconhecido como parte do Azerbaijão, mas até recentemente habitado por armênios étnicos —, em setembro de 2023, MSF iniciou projetos de atenção à saúde mental nas regiões de Kotayk, Ararat e Syunik. Além de oferecer consultas psicológicas, nossas equipes avaliaram as necessidades médicas e sociais das pessoas, encaminhando-as para obter recursos complementares e cuidados de saúde. Nosso objetivo foi garantir seu bem-estar e fornecer assistência prática para apoiar sua integração na sociedade armênia. Em março de 2024, essas atividades foram encerradas. 

Enquanto isso, na capital, Yerevan, MSF continua a implementar um projeto para enfrentar a alta prevalência da hepatite C, doença que afeta 4% da população — uma das maiores taxas da região. Em estreita colaboração com o Ministério da Saúde e as prefeituras locais, apoiamos a realização de testes e o tratamento na policlínica Arshakunyats. O projeto tem como objetivo reduzir a incidência da hepatite C e melhorar os impactos na saúde dos pacientes diagnosticados com a doença, incluindo pessoas privadas de liberdade, que são particularmente vulneráveis à infecção. 

Em abril, a clínica inaugurou uma unidade voltada para atender às necessidades específicas — e muitas vezes negligenciadas — das principais comunidades. Nessa unidade, MSF se concentra em oferecer cuidados para a hepatite C a homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e pessoas que usam drogas. Implementamos uma abordagem de “modelo de atendimento integrado”, que abrange triagem, diagnóstico, tratamento e serviços de apoio em um único local, livre de estigmas, com o objetivo de agilizar o cuidado e incentivar a adesão ao tratamento.