“Estamos felizes por termos feito uma ponte entre as mulheres, os serviços de saúde e as informações necessárias para que elas se mantenham saudáveis”

Em Histórias de MSF, Wazira Ahmed Muhammad compartilha sua experiência como promotora de saúde no projeto de MSF em Hawija, no Iraque.

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Waziha Ahmed Muhammad atuou como promotora de saúde no projeto de MSF em Hawija. © Hassan Kamal Al-Deen/MSF

Sou mãe de quatro filhas e três filhos. Duas e um filho são casados, enquanto os outros ainda vivem comigo e com o meu marido. Sou uma obstetriz certificada e, antes de 2014, trabalhei no departamento de maternidade do Hospital Geral de Hawija durante quatro anos.

Comecei a atuar com Médicos Sem Fronteiras (MSF) em 2016, quando o projeto no acampamento de Daquq iniciou. Fui deslocada de minha casa em Hawija para o acampamento, mas, felizmente, pude trabalhar com MSF enquanto estava lá. Comecei no departamento de promoção da saúde e depois voltei para Hawija com a equipe de MSF quando nossas atividades começaram nas cidades de Al-Abassi e Hawija.

As condições eram difíceis quando deixamos a nossa casa em Hawija, onde vivíamos desde a década de 1990. Tivemos de fazer uma viagem difícil de vilarejo em vilarejo até chegarmos aos acampamentos de Debaga, a norte de Kikuk, na província de Erbil. No entanto, todos os nossos familiares estavam no acampamento de Daquq e não pudemos nos juntar a eles durante um ano e meio, porque não tínhamos as autorizações necessárias para nos mudarmos para lá. Por fim, conseguimos obter as autorizações e chegamos a Daquq, onde me juntei a MSF.

No início, as pessoas não confiavam em nós. Pensavam que nossas visitas domiciliares como promotores de saúde eram apenas uma perda de tempo. Diziam que não precisavam de promoção de saúde, mas sim de comida e de meios de subsistência para poderem melhorar as suas vidas.

Compreendemos as suas condições e continuamos a tentar estabelecer contato com os residentes do acampamento. Quando eles começaram a entender o trabalho de MSF, a confiança em nós começou a crescer e construímos fortes relações com a comunidade de Hawija.

Atualmente, a comunidade está melhor do que durante os dias de conflito e pré-conflito, e a cidade está voltando a se desenvolver dia após dia. Hoje, nos preocupamos ainda mais com a nossa cidade, depois das dificuldades que enfrentamos.

Nos tornamos amigas da comunidade e das pessoas. Todos me conhecem e eu os conheço também.”

O papel das mulheres foi importante neste projeto, uma vez que as mulheres se sentem mais à vontade para falar com outras mulheres, especialmente quando se trata de sua saúde reprodutiva ou de temas relacionados com a saúde da mulher. Eu e minhas colegas estamos satisfeitas por termos conseguido estabelecer uma ponte entre as mulheres e os serviços de saúde, e as informações necessárias para que elas se mantenham saudáveis.

Nos tornamos amigas da comunidade e das pessoas. Todos me conhecem e eu os conheço também. Frequentemente, recebo telefonemas de mulheres da comunidade me pedindo conselhos sobre onde ir ou o que fazer em relação aos seus problemas de saúde e tenho prazer em ajudá-las a obter os cuidados adequados de que necessitam.

Atuação de MSF em Hawija

Após quase uma década ajudando a restaurar o acesso aos serviços de saúde destruído pelos conflitos armados na província de Kirkuk, no Iraque, Médicos Sem Fronteiras (MSF) repassou as atividades para as autoridades locais.

Durante nossa atuação, por meio de várias instalações de saúde, nossas equipes forneceram mais de 32 mil consultas ambulatoriais, garantindo o acesso a cuidados de saúde essenciais.

Além disso, apoiamos a recuperação da infraestrutura do Hospital Geral de Hawija e fornecemos treinamento aos profissionais de saúde locais.

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