Níger: milhares de pessoas enfrentam condições precárias após serem forçadas a deixar o Lago Chade

MSF é uma das poucas organizações prestando assistência a essa população vulnerável

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Milhares de pessoas fugiram de seus vilarejos situados em ilhas no Lago Chade, no sudeste do Níger, depois de autoridades do país as terem pressionado a deixar a área após o ataque mortal do grupo Boko Haram na ilha de Karamga, em 25 de abril. De acordo com dados preliminares da Organização das Nações Unidas (ONU), 25 mil pessoas chegaram a Nguigmi e em Bosso, duas cidades localizadas perto do lago. Cerca de outras 1.500 estão em ponto de trânsito em Diffa, capital da região.

As condições em que as pessoas chegam são críticas. A maioria delas teve de caminhar durante dias, deixando para trás a maioria de seus pertences. “As principais necessidades da população são água, alimentos, cuidados de saúde e abrigo”, diz Abdalla Hussein, coordenador de emergência da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Diffa. “Mais assistência precisa chegar rapidamente para ajudar essas pessoas – elas estão enfrentando uma situação muito precária neste momento.”

MSF is one of the few organisations that are assisting this population in the transit site in Diffa. Since last Sunday, MSF teams have conducted over 900 medical consultations; treating mainly cases of dehydration, hypoglycemia and respiratory infections. Moreover, following negotiations with the authorities, several patients have been referred to the hospital in Diffa, where the organisation was already working. MSF is also providing drinking water and food.

MSF é uma das poucas organizações que estão prestando assistência a essa população no local de trânsito em Diffa. Desde o domingo passado, equipes de MSF realizaram mais de 900 consultas médicas; tratando, principalmente, casos de desidratação, hipoglicemia e infecções respiratórias. Além disso, depois de negociações com as autoridades, vários pacientes foram encaminhados para o hospital em Diffa, onde a organização já estava trabalhando. MSF também está fornecendo água potável e alimentos.

Em Nguigmi, MSF tratou alguns refugiados no centro de saúde da cidade, onde a organização tem trabalhado junto ao Ministério da Saúde desde antes da crise atual. MSF também está começando a oferecer cuidados de saúde em dois assentamentos onde a população deslocada está reunida: no aeroporto e em uma área em um local aberto chamado Kimegana.

As equipes de MSF também estão fazendo avaliações rápidas com o objetivo de expandir a resposta em áreas no norte de Bosso, onde novas pessoas deslocadas do Lago Chade chegaram desde o começo deste mês de maio.

A maior parte dessa população é de nigerianos que já haviam fugido do norte do país devido à violência. Entre 3 e 6 de maio, milhares deles foram repatriados no norte da Nigéria, levados por caminhões.

Desde o fim de dezembro, MSF tem atuado na região de Diffa para prestar assistência às pessoas que chegam à área fugindo da violência no norte da Nigéria, e também à população local. Atualmente, a organização está atuando nos distritos de Diffa e Nguigmi, apoiando quatro centros de saúde, incluindo um centro de saúde materna e infantil na cidade de Diffa.

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