Resposta de MSF à epidemia de cólera no Burundi

Desde junho de 2019, mais de mil casos da doença foram registrados, a maioria em Bujumbura, principal cidade do país

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Endêmica na faixa de terra que corre ao longo do lago Tanganica e do rio Rusizi, a cólera afeta uma média de 200 a 250 pessoas por ano no Burundi. Mas a cada cinco a seis anos, o país experimenta um aumento nos casos. Causando diarreia e vômito, a cólera leva à rápida desidratação e, sem cuidados imediatos, pode matar em poucas horas.
 
Durante anos, MSF tem sido a principal organização humanitária que apoia o Ministério da Saúde e as autoridades locais no atendimento a pacientes com cólera. Essa estreita colaboração assumiu a forma de fornecer informações médicas, treinar equipes, criar campanhas de conscientização e, quando necessário, centros de tratamento de cólera, dependendo do ano. 
 
Neste ano – bem antes da declaração oficial dessa epidemia em junho – as equipes de MSF já estavam apoiando o tratamento de casos de cólera que ocorreram na província de Rumonge. Esse suporte aumentou ao longo dos meses. Hoje, MSF apoia as três principais instalações de tratamento de cólera no Burundi. O mais novo centro de tratamento de cólera do país abriu suas portas no início de outubro em Bujumbura. Instalado por MSF em apenas duas semanas, o centro de 50 leitos agora é o principal centro de tratamento da cidade, substituindo o do Hospital Prince Regent Charles, que não conseguiu atender às necessidades.
 
As equipes de MSF se concentram na supervisão e treinamento da equipe burundinesa. O objetivo é fornecer assistência gratuita ao paciente, enquanto aumenta a capacidade da equipe de saúde pública. MSF também apoia vários centros de saúde em Bujumbura na detecção de casos, primeiros cuidados e transferência ao centro de tratamento.
 
Como a doença está intimamente ligada à falta de acesso das pessoas à água potável, MSF também instalou tanques de água de alta capacidade em Bujumbura e na província de Cibitoke. Trabalhadores comunitários apoiados por MSF estão divulgando mensagens de prevenção. Eles também explicam como reconhecer os primeiros sintomas da cólera e o que fazer se suspeitarem que eles ou um membro da família tenham contraído a doença.  
 
Graças à velocidade da resposta, quase não houve vítimas no país, apesar do grande número de casos. E o número de novas infecções está diminuindo.
 
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