Equipe de MSF impedida de fornecer cuidados por mais de 5 horas

Equipe de MSF impedida de fornecer cuidados por mais de 5 horas

O adiamento prolongado das forças israelenses para permitir o acesso aos pacientes é uma constante para as equipes de MSF, e é uma violação do direito humanitário ao acesso livre aos pacientes.

O acesso da equipe foi impedido por mais de 5 horas, até finalmente a passagem ser concedida pelas forças israelenses. Só então a equipe conseguiu alcançar a maternidade na cidade. Lá, MSF recolheu dois adolescentes, com 15 e 16 anos, que quebraram as pernas depois de terem sido atingidos por tiros.

A equipe de MSF recebeu permissão para transferir os feridos para o Hospital de Hebron, mas no caminho o comboio, composto pelo carro de MSF e pela ambulância do Crescente Vermelho Palestino, foi parado mais uma vez pelas forças israelenses. Os pacientes, ambos em macas, foram removidos da ambulância e examinados completamente, incluindo os seus ferimentos. Eles então retornaram para a ambulância e foram para o Hospital de Hebron, onde agora estão sendo tratados.

No dia 4 de abril, MSF levantou a questão sobre o número crescente de obstruções que a equipe no campo está enfrentando para cuidar das populações civis. Num momento em que os civis palestinos estão sendo sujeitados a intensa pressão militar, as equipes de MSF estão enfrentando fortes restrições para obter acesso às populações civis.

Os riscos enfrentados pela equipe de saúde tentando ajudar a população têm fortes conseqüências. No dia 10 de março, MSF publicou uma declaração detalhando os riscos de tentar fornecer ajuda sob as condições presentes. Naquele período, em apenas 15 dias, 17 profissionais de saúde foram mortos durante os ataques pelo exército israelense. Vários outros haviam sido feridos.

No conflito atual, ambulâncias têm sido alvo de tiros durante os ataques. Esses ataques à equipe médica são uma violação direta à lei internacional que protege, expressamente, os serviços médicos e os feridos durante o conflito.

MSF condena fortemente esses ataques e reclama às autoridades israelenses medidas imediatas para proteger os profissionais de saúde em suas instalações, e para permitir a acesso aos feridos e aos mais necessitados.

Compartilhar
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on print