Dia Mundial da Água: quatro impactos da falta de acesso à água potável na vida das pessoas

Mais de 2,1 bilhões de pessoas vivem sem água própria para consumo em todo o mundo.

Foto: Njiiri Karago/MSF

A disponibilidade de água de qualidade é um recurso vital e precisa ser assegurado a todos. No entanto, embora seja um direito humano, mais de 2,1 bilhões de pessoas vivem sem acesso à água potável em todo o mundo, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em diversos locais onde Médicos Sem Fronteiras (MSF) atua, nossas equipes estão observando os sérios impactos da falta de acesso à água adequada na saúde e nas condições de vida das pessoas. Em nossos projetos, frequentemente respondemos a essas questões.
Saiba como a falta de acesso à água potável pode afetar a vida das pessoas:

1. Desnutrição
Foto: George Osodi/MSF

Quando há pouca água, não é possível cultivar e produzir alimentos. As secas aumentam a insegurança alimentar e a desnutrição. Por outro lado, o excesso de água, como no caso de enchentes e inundações, prejudica as colheitas. O aumento do nível do mar também torna a agricultura impossível, o que também afeta os sistemas de produção de alimentos.

Saiba mais: Quatro regiões em que a seca está agravando as taxas de desnutrição

 

2. Propagação de doenças
Foto: Fausto Podavini/MSF

Quando não há acesso à água potável, ou em caso de inundações e cheias, há maior risco de as pessoas contraírem doenças transmitidas pela água contaminada, como diarreia, infecções bacterianas e cólera. A escassez desse recurso para higiene apropriada e saneamento básico também contribui para a propagação de doenças.

Saiba mais: Doenças transmitidas pela água

 

3. Migrações forçadas
Foto: George Osodi/MSF

Com secas intensas e prolongadas cada vez mais frequentes, se torna difícil conseguir água para consumo próprio e para a criação de animais e cultivo de alimentos. Para ter acesso a esse recurso vital, as pessoas são obrigadas, então, a se deslocar em busca de novas fontes.

4. Violência sexual e de gênero
Foto: Claudia Blume/MSF

Em alguns locais onde MSF atua no Chade, as mulheres são frequentemente as responsáveis por buscar água potável em fontes distantes. No longo trajeto, elas se tornam mais vulneráveis à violência sexual e de gênero. Em outros casos, quando os homens se deslocam para as áreas urbanas em busca de renda, são elas que permanecem nas comunidades para cuidar da família. Sozinhas, elas se tornam mais vulneráveis.

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