A COVID-19, doença provocada por uma variante do coronavírus, surgiu no final de 2019 e se espalhou rapidamente pelo mundo. Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto como uma pandemia, que é uma epidemia que ganha escala global. A pandemia durou mais de três anos, tendo seu fim declarado em maio de 2023. Nesse período, foram registrados mais de 700 milhões de casos e quase 7 milhões de mortes pela doença.

A pandemia da COVID-19 sobrecarregou sistemas de saúde até mesmo em países com estruturas médicas mais robustas e trouxe ainda mais desafios para regiões onde o acesso à saúde já era difícil.

A pesquisa de medicamentos para o tratamento da doença e o desenvolvimento de novas ferramentas, incluindo vacinas, possibilitaram maior controle sobre a COVID-19 globalmente. No entanto, a doença continua sendo objeto de estudo, principalmente em relação aos efeitos prolongados da COVID-19.

1.

Causa

Os coronavírus são uma grande família de vírus que causam doenças que variam do resfriado comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV).

A COVID-19 é a doença do coronavírus provocada por uma cepa descoberta em 2019, que não havia sido identificada anteriormente em seres humanos.

2.

Prevenção

A principal e mais eficaz recomendação para reduzir o número de mortes e casos graves da doença é a vacinação . Todas as vacinas aprovadas para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são comprovadamente seguras e eficazes. É extremamente importante manter o esquema de vacinação completo, incluindo doses de reforço.

Outras medidas amplamente disseminadas durante a pandemia do COVID-19 podem ser mantidas para prevenir a COVID-19 e outras doenças respiratórias. Essas recomendações incluem:

• Lavagem regular das mãos;

• Cobrir boca e nariz com a parte interna do cotovelo ou com lenço descartável ao tossir e espirrar

• Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas gripais.

Além disso, é recomendado o uso de máscaras para pessoas com sintomas respiratórios ou positivos para COVID-19. A utilização de máscaras também é uma orientação em caso de contato com pessoas diagnosticadas com COVID-19 durante o período de transmissibilidadade da doença – últimos 10 dias.

3.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da COVID-19 incluem:
• Febre;
• Calafrios;
• Dor de garganta.

Outros sinais que são menos comuns e que podem afetar alguns pacientes são:
• Sintomas respiratórios;
• Dores no corpo e de cabeça;
• Fadiga severa ou cansaço;
• Náuseas;
• Dormência;
• Perda de apetite;
• Tontura;
• Tosse persistente;
• Dificuldades para dormir;
• Falta de ar;
• Perda ou alteração do olfato ou paladar.

Pessoas com casos graves da doença podem apresentar dificuldades para respirar, dor persistente ou pressão no peito, perda da consciência, palidez e perda da fala ou dos movimentos.

Algumas pessoas são infectadas, mas não apresentam sintomas e não se sentem mal. A maioria das pessoas que contraem o coronavírus se recupera sem precisar de tratamento especial.

Pessoas com problemas crônicos – como pressão alta, diabetes e doenças cardíacas, pulmonares, hepáticas ou reumatológicas – têm maior probabilidade de desenvolver a forma grave da doença. Pacientes que vivem com HIV e pessoas com câncer também correm maior risco quando têm COVID-19.

Ao apresentar febre, tosse e dificuldade em respirar, recomenda-se a busca por orientação médica.

 

4.

Tratamento

O tratamento para a COVID-19 varia de acordo com a gravidade da doença e o risco de agravamento da condição, incluindo a idade da pessoa e problemas de saúde característicos de cada grupo de risco. Portanto, os tratamentos devem ser decididos individualmente entre o paciente e o profissional de saúde que cuida dele.

5.

Atividades

Enquanto mantinha seus projetos regulares, Médicos Sem Fronteiras (MSF) precisou adequar suas atividades para atender às necessidades de saúde da pandemia da COVID-19 em diferentes países. Durante a resposta, nossas prioridades se concentraram em medidas de prevenção e controle de infecções, treinamento de profissionais de saúde, atividades para alcançar comunidades afastadas, apoio à saúde mental e tratamento hospitalar para pacientes em estado grave.

No Brasil, a resposta à pandemia da COVID-19 foi a maior operação em 30 anos de história da organização no país. Durante um ano e meio, MSF respondeu à emergência da COVID-19 com uma abordagem flexível que permitiu a mobilização de equipes onde eram mais necessárias, otimizando o uso de recursos humanos e materiais escassos. Em distintos momentos, atividades foram realizadas em 12 estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e São Paulo. A assistência médica aos pacientes de COVID-19 foi oferecida em todos os níveis, assim como foi fornecido apoio de saúde mental para pacientes e profissionais de saúde. Também foram ministrados treinamentos para aprimoramento de protocolos e fluxos de pacientes. Adicionalmente, foi dada ênfase especial ao engajamento comunitário, com atividades de promoção de saúde e diagnósticos, utilizando em grande medida testes rápidos de antígeno.

Desenvolvidas a um ritmo sem precedentes, as vacinas surgiram no início de 2021 e logo mudaram a trajetória do combate à pandemia, pelo menos para os países ricos que começaram a administrá-las em larga escala. Países de baixa e média renda sofreram com vacinações reduzidas, já que os países ricos monopolizavam os estoques de imunizantes. A Campanha de Acesso de MSF foi fortemente ativa nesse ponto, enfatizando a necessidade de distribuição equitativa em todo o mundo e pressionando fortemente por mecanismos para ampliação do acesso aos imunizantes e outras ferramentas importantes para o combate à COVID-19.

Globalmente, nossas equipes integraram vacinação e testes em projetos de países como Afeganistão, Bangladesh, República Centro-Africana, Camarões, República Democrática do Congo, Eswatini e Quênia.

As atividades foram adaptadas de acordo com as necessidades. No Iraque, por exemplo, cuidamos de pacientes com doenças graves durante os picos de infecções e mudamos para serviços de vacinação, alcance de comunidades afastadas e treinamento de profissionais durante períodos com taxas de infecções mais baixas.

Também apoiamos campanhas nacionais de vacinação no Líbano, Brasil, Malaui, Peru e Uganda, com foco específico em grupos vulneráveis ou de alto risco, ao mesmo tempo em que cocriamos o Humanitarian Buffer do Mecanismo COVAX – projetado para fornecer vacinas contra a COVID-19 a pessoas que vivem além do alcance ou interesse dos Estados (migrantes e pessoas indocumentadas ou aqueles que vivem em áreas de conflito fora do controle do governo), esse mecanismo foi essencial para disponibilizar espaço humanitário independente para atuação.

Por fim, realizamos estudos sobre mortalidade e soroprevalência em países como Costa do Marfim, Camarões e Quênia, para entender melhor o impacto do vírus localmente.

 

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