5 ocasiões em que MSF alertou sobre a vulnerabilidade de Moria antes do incêndio

Migrantes e solicitantes de asilo enfrentavam condições desumanas há anos no assentamento

5 ocasiões em que MSF alertou sobre a vulnerabilidade de Moria antes do incêndio

Na noite de 8 de setembro, um incêndio destruiu o campo de refugiados de Moria, na ilha de Lesbos, na Grécia. O assentamento era o lar de milhares de pessoas que chegaram de outros países, fugindo da violência e perseguição, ou em busca de uma vida melhor. Cerca de 12 mil pessoas foram evacuadas do local e estão desalojadas. Além disso, todos os serviços de saúde foram interrompidos.

A tragédia é uma consequência das políticas adotadas há anos pela União Europeia (EU) e pelo governo grego contra os migrantes. As pessoas no campo viviam em superlotação, insalubridade e com acesso escasso à água e à comida.

MSF relatou sucessivas vezes as condições vulneráveis dos migrantes e as medidas negligentes tomadas pelas autoridades. Confira as últimas cinco atualizações sobre a região antes do incêndio:

9 de abril: MSF adota proteção contra a COVID-19 em Lesbos
 
Já nos primeiros meses da pandemia, MSF adotou medidas protetivas contra a COVID-19 na ilha para manter as atividades médicas de atendimento aos mais vulneráveis. Mas, algumas medidas importantes não puderam ser aplicadas no campo de refugiados de Moria, por conta da superlotação e da insalubridade. Assista ao vídeo.
 
21 de julho: migrantes são confinados com a desculpa da COVID-19
 
Milhares de pessoas continuavam presas nas ilhas gregas em condições precárias, por causa da superlotação e da falta de higiene nos campos, resultando em uma deterioração de sua saúde física e mental. Apesar da vida ter voltado ao normal para a população local e turistas, o governo continuava estendendo restrições de movimento a solicitantes de asilo. Clique aqui para ler a matéria completa.
 
30 de julho: MSF é forçada a fechar centro de COVID-19 em Lesbos
 
O centro de COVID-19 de MSF na ilha de Lesbos foi fechado depois que as autoridades locais impuseram multas e possíveis acusações criminais relacionadas ao planejamento urbano. O fechamento da estrutura reduziu significativamente a capacidade de resposta à doença na região. Relembre.
 
20 de agosto: clínica pediátrica e instalações de COVID-19 sofrem ataques

No dia 20 de agosto, a clínica pediátrica de MSF e as novas instalações do governo para tratamento de COVID-19 foram alvo de manifestantes anti-migração. MSF condenou os ataques violentos e pediu que autoridades locais tomassem as medidas necessárias. Saiba mais.
 
3 de setembro: quarentena imposta pelas autoridades gregas era injustificada e cruel

Há uma semana, MSF se colocou contra a quarentena absoluta imposta aos refugiados pelo governo grego, que usa como desculpa a prevenção à COVID-19. Essa medida injustificável e cruel agravou as já difíceis condições em que as pessoas viviam no campo. MSF defendeu que as pessoas fossem evacuadas para locais seguros, principalmente idosos com doenças crônicas, mulheres grávidas e crianças. Leia mais.

 

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