Roda de Conversa | Desconstruir para construir: o papel das organizações humanitárias na comunicação antirracista

Ao longo das últimas décadas, imagens que reforçam estereótipos racistas foram utilizadas para retratar pessoas, em sua maioria negras, em situações de extrema necessidade. O reconhecimento de que essas pessoas são vozes ativas de suas próprias experiências e narrativas é urgente e, para isso, é imprescindível que aconteçam transformações na maneira de nos comunicarmos e de contarmos essas histórias. É hora de provocar uma verdadeira mudança na forma colonial, imposta pela ajuda humanitária, de se comunicar. 

Nesta roda de conversa, convidamos seus participantes para discutir caminhos para uma comunicação antirracista baseada na ação humanitária e na prática social centrada nas pessoas e, assim, reconstruirmos uma nova narrativa que impacte a sociedade sem que sejamos um catalisador do racismo estrutural. 

Participantes: 

Renata Santos é psicóloga e atualmente preside o Conselho Administrativo de MSF-Brasil.  Natural de Alagoas, ela já atuou em diversos projetos de MSF no exterior e também no Brasil. Esteve na Guiné durante a epidemia de Ebola, além do Afeganistão, Líbano e Iraque, entre outros países. No Brasil, trabalhou no apoio aos sobreviventes da tragédia de Brumadinho (MG) e com migrantes venezuelanos em Roraima. 

Renata Reis é diretora executiva de Médicos Sem Fronteiras (MSF) – Brasil e doutora em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento pela UFRJ. Fez parte da Comissão COVID-19 da LANCET e trabalhou durante 8 anos como responsável de assuntos humanitários e advocacy em MSF Brasil e MSF Bélgica. Foi advogada da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS – ABIA e coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual da REBRIP. Além de advogada, Renata também é jornalista e tem experiência na área de direitos humanos, relações institucionais e governamentais, propriedade intelectual com ênfase em patentes, medicamentos e acesso a saúde cooperação internacional. 

Bruna Rocha é jornalista, artista e professora da UFBA. Doutoranda em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Idealizadora e uma das coordenadoras da plataforma Semiótica Antirracista, através da qual realiza cursos, treinamentos e consultorias sobre discurso e relações raciais. 

Isadora Salomão é soteropolitana, feminista negra, arquiteta e urbanista e mestra em desenvolvimento e gestão social. Atua como consultora em gestão social, há mais de 15 anos, junto a Organizações da Sociedade Civil (OSC) e movimentos sociais. Também é Coordenadora de Justiça e Direitos Humanos do MNU – Movimento Negro Unificado da Bahia, Defensora de Direitos Humanos há mais de 20 anos e Relatora de DH da Plataforma DHESCA. 

    • Local: Sala Rosa, Casa Rosa (Praça Colombo, 106 – Rio Vermelho) 
    • Horário: 19h 
    • Gratuito, para convidados e inscritos. Sujeito a lotação 
  • Acessibilidade: não possui estacionamento próprio; acessível para pessoas com dificuldade motora. Haverá tradução em libras. 
  • Inscrições através do formulário. 
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