Vale do Jequitinhonha – MSF envia uma equipe para avaliação

Vale do Jequitinhonha – MSF envia uma equipe para avaliação

Na primeira semana de janeiro, o nordeste de Minas Gerais foi atingido por fortes chuvas que causaram a cheia dos rios Jequitinhonha e alguns afluentes, deixando cidades isoladas e milhares de pessoas desabrigadas. No dia 14, uma equipe de Médicos Sem Fronteiras chegou ao Vale do Jequitinhonha para avaliar a situação e estudar a possibilidade de intervenção. Distantes cerca de 800 Km da capital Belo Horizonte, os municípios atingidos tiveram o acesso ainda mais restrito com a queda de pontes e interdição de estradas.

A equipe de Médicos Sem Fronteiras visitou os municípios de Rubim, Jacinto e Almenara, e pôde constatar a precariedade dos recursos para resposta à emergência. As famílias desabrigadas e desalojadas foram acolhidas em escolas municipais e estaduais, mas ainda não se sabe de que forma o problema será solucionado. Os estoques de medicamentos essenciais de Rubim e Jacinto são escassos num momento em que o risco de epidemias é forte. “Depois de visitar esse municípios, vimos que na verdade há um problema estrutural, o que dificulta ainda mais a resposta às emergências por parte das autoridades competentes. Além de muito carentes, esses municípios são isolados geograficamente e ‘esquecidos’ pela mídia, pela opinião pública”, comenta Ofelia García, coordenadora geral de Médicos Sem Fronteiras no Rio de Janeiro, que participou da visita.

A equipe tentou também chegar aos municípios de Sta Maria do Salto e Sto Antonio do Jacinto, onde a situação parece ser ainda pior, mas o acesso por terra estava bloqueado e os municípios completamente isolados. “Quando estávamos na região, na semana passada, só era possível chegar a esses municípios de helicóptero, e infelizmente não conseguimos um. Mas vamos tentar o acesso por terra novamente na próxima semana”, informa Ofelia.

Após visitas aos locais atingidos e encontros com autoridades municipais da região, MSF está concluindo a avaliação da situação e definindo uma possível intervenção. “A necessidade é clara. Estamos agora verificando qual a melhor forma de ajudar.” Segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, 43 municípios do estado estão em situação de emergência e 25 decretaram estado de calamidade pública.

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