MSF rebate declaração sobre a África e a inovação do G8

Propostas apresentadas no encontro são insatisfatórias, afirma Tido von Schoen-Angerer, diretor da Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais

Nenhum progresso foi feito durante o G8 com relação à questão do acesso a medicamentos essenciais. É o que afirma Tido von Schoen-Angerer, diretor da Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais de Médicos Sem Fronteiras. Abaixo, sua resposta à declaração sobre a África e a inovação feita pelo G8.

"Líderes do G8 estão propagando mensagens contrárias: por um lado, pedem mais dinheiro, por outro, querem aumentar a proteção à propriedade intelectual, que é sabidamente o principal obstáculo ao acesso a medicamentos essenciais.

Apesar da inovação ser um dos pontos principais da agenda deste G8, a desesperada necessidade de teste e medicamentos mais eficazes para doenças infecciosas como a tuberculose, a causa mais comum de morte entre as pessoas com HIV/Aids na África, foi totalmente ignorada.

Mesmo com o G8 reconhecendo que o acesso aos medicamentos é um desafio, não foi proposta nenhuma solução eficiente. O problema dos medicamentos de segunda linha anti-Aids, que ainda custam cerca de cinco vezes mais do que os de primeira linha, continua sem solução.

O G8 também não respondeu à necessidade urgente dos países de conseguir apoio para o uso da licença compulsória em nome do sistema público de saúde e de não enfrentar retaliações quando o fizerem. O G8 está apenas sugerindo que as organizações internacionais e os doadores deveriam ' responder de maneira construtiva aos pedidos dos países em desenvolvimento africano sem capacidade de produção industrial'. Essa proposta é muito inconsistente e inaceitável".

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