Gaza: como o exército israelense sitiou e atacou o hospital Nasser

Relatos de profissionais de MSF descrevem os repetidos ataques das forças israelenses ao maior hospital do sul de Gaza, até paralisação total da unidade.

Fotografia tirada dentro do hospital Nasser, em 13 de março de 2024 © MSF

Na noite entre 14 e 15 de fevereiro de 2024, o hospital Nasser, que era o maior hospital do sul de Gaza, foi bombardeado pelas forças israelenses. O setor de ortopedia foi atingido, matando uma pessoa e ferindo outras oito.

Após várias semanas de intensos confrontos com grupos armados palestinos em Khan Younis, região de Gaza onde está localizado o hospital, as forças israelenses invadiram a instalação médica, que até então estava sob cerco. Os profissionais da equipe de Médicos Sem Fronteiras (MSF) que trabalhavam no hospital foram testemunhas diretas dessa ação. Seus relatos, corroborados por outras fontes, reconstituem os acontecimentos que antecederam a noite de 14 para 15 de fevereiro e a evacuação forçada do hospital.

As evidências que temos apontam para ataques deliberados e repetidos das forças israelenses contra o hospital Nasser, seus pacientes e sua equipe médica. Em novembro de 2023, MSF documentou ataques semelhantes aos hospitais Al-Shifa e Al-Quds e ao hospital infantil Al-Nasr, no norte de Gaza.

Hoje, não há mais hospital. Suas atividades foram totalmente interrompidas. Não há mais eletricidade, água, medicamentos ou pacientes.”

– Léo Cans, coordenador-geral de MSF na Palestina, em 14 de março de 2024, após visita ao hospital Nasser.

“Em dezembro de 2023, um bombardeio israelense matou uma menina de 13 anos de idade dentro da maternidade do hospital Nasser. Em fevereiro de 2024, outro míssil israelense matou um paciente no setor ortopédico”, relatou Léo Cans, coordenador-geral de MSF na Palestina, em 14 de março de 2024, após visita ao hospital Nasser.

“Há um mês e meio, o Nasser era o hospital mais movimentado da região, com aproximadamente 700 pacientes. Nossa equipe operava cerca de 10 pacientes por dia e realizava curativos nas enfermarias o dia todo. Hoje, não há mais hospital. Suas atividades foram totalmente interrompidas. Não há mais eletricidade, água, medicamentos ou pacientes. Os 700 pacientes foram forçados a evacuar o hospital.”

A seguir, traçamos uma linha do tempo de dezembro de 2023 até o fim do Nasser:

1º de dezembro de 2023 | Os conflitos entre o exército israelense e o Hamas foram retomados, encerrando uma trégua de sete dias que havia começado em 24 de novembro.

17 de dezembro de 2023, registro no diário de atividades de MSF¹ | Maternidade é atacada. Uma menina de 13 anos de idade² é morta, muitas vítimas.

25 de dezembro de 2023, registro no diário de atividades de MSF | Bombardeio intenso em torno do hospital Nasser após a ordem de evacuação dos quarteirões 64 e 112, ao lado da instalação.

8 de janeiro de 2024 | Exército israelense bombardeia um abrigo de MSF que alojava mais de 100 membros da equipe de MSF e suas famílias em Khan Younis. A filha de 5 anos de um de nossos profissionais foi morta.

13 de janeiro de 2024, relato de Thomas Lauvin, coordenador de projeto de MSF | “Estamos sendo gradualmente encurralados em um perímetro muito restrito no sul de Gaza, com opções cada vez menores para oferecer assistência médica essencial, enquanto as necessidades aumentam desesperadamente.”

“À medida que o ataque a Gaza progrediu, tivemos que evacuar várias instalações de saúde no norte de Gaza e depois na região central. Hoje, estamos limitados a trabalhar principalmente no Sul, porque não podemos trabalhar em outro lugar. Em resumo, estamos ficando sem hospitais. Somos forçados a deixar pacientes para trás.”

15 de janeiro de 2024, relatório de Aurélie Godard, líder da equipe médica de MSF, e Léo Cans, coordenador-geral de MSF na Palestina, após uma visita ao hospital Nasser | “Em 15 de janeiro, por volta das três da tarde, um ataque aéreo atingiu caminhões que estavam descarregando alimentos a 150 metros a leste do hospital. O barulho era tão alto que chegava a doer nos ouvidos. ”

“Depois de alguns minutos, muitos feridos chegaram ao hospital, alguns carregados por pessoas a pé, outros por ambulâncias e outros em carros particulares. No total, foram oito mortos, incluindo dois meninos de 4/5 anos de idade, e 80 feridos, incluindo 20 que tiveram que ser submetidos a cirurgia. Na manhã seguinte, visitamos um menino de cerca de 10 anos de idade que foi ferido pela explosão quando atravessava a rua.”

18 de janeiro de 2024, diário de MSF | Hospital Nasser: bombardeios intensos e disparos de tanques à noite. Equipe e pacientes muito assustados.

No mesmo dia, o exército israelense bombardeou um complexo residencial que abrigava a equipe médica de emergência do Comitê Internacional de Resgate (IRC, na sigla em inglês) e integrantes da Ajuda Médica para Palestinos (MAP, na sigla em inglês) e suas famílias. As forças israelenses estavam cientes da presença dessas equipes no local. Após o ataque, a equipe médica da IRC foi forçada a suspender suas atividades médicas no Hospital Nasser.

21 de janeiro de 2024, diário de MSF | Hospital Nasser: totalmente cercado por tropas. Bombardeios e combates pesados ao redor do hospital.

Muitas pessoas foram feridas e mortas ao tentar sair do hospital.”
-Integrante da equipe de MSF sobre situação no Nasser em 21 de janeiro.

Relato de integrante da equipe de MSF que trabalhava no Nasser no dia 21 de janeiro, registrado em 21 de março:

“Foi muito difícil, pois a situação estava piorando a cada dia. No início, o exército israelense dizia que as operações eram em torno do hospital e que o hospital estava seguro. Depois disso, o hospital foi cercado por atiradores de elite.”

“Muitas pessoas foram feridas e mortas ao tentar sair do hospital. A primeira vez que o exército israelense pediu a todos que evacuassem foi nos dias 21 e 23 de janeiro, e a maioria dos que evacuaram voltaram para dentro do hospital dizendo que havia muitos feridos e mortos na rua Bahar.”

”Para mim, não foi possível deixar o hospital depois dessa data, 21 de janeiro, porque o hospital foi sitiado em menos de quatro horas.”

23 de janeiro de 2024, diário de MSF | Nova ordem de evacuação em Khan Younis, incluindo o hospital Nasser, o hospital Al-Amal e o hospital Jordaniano. Nasser está sob intenso combate, ninguém pode entrar ou sair. Ainda há muitas vítimas, a sala de operações não está funcionando.

No mesmo dia, três integrantes da equipe de MSF tentaram evacuar o hospital, mas não conseguiram. Eles relataram tiros e explosões ao redor do hospital.

25 de janeiro de 2024, registro no diário de atividades de MSF | Hospital Nasser não pode ser acessado por ambulâncias. Três dias de combustível [restante].

26 de janeiro de 2024, declaração das forças israelenses sobre as operações militares em andamento em Khan Younis | “As IDF [Forças de Defesa de Israel] têm mantido contato com os diretores dos hospitais e com a equipe médica, por telefone e em campo, para garantir que os hospitais permaneçam operacionais e acessíveis.”

“A IDF comunicou que não há obrigação de evacuar os hospitais. Pelo contrário, reiteramos a importância de salvaguardar e proteger esses hospitais para que eles possam continuar prestando serviços médicos à população de Gaza. As forças da IDF foram informadas sobre a importância de operar com cautela na área dos hospitais e dos abrigos designados antes de sua operação contra o Hamas nessa área.”

“Os moradores de Gaza que desejarem sair dos hospitais Nasser e Al-Amal, como muitos optaram por fazer, podem passar pelo corredor na rua Al-Bahar, localizada no lado oeste dos hospitais.

Fotografia tirada dentro do hospital Nasser, 13 de março de 2024 © MSF

Eles usam a gaze uma vez, depois espremem o sangue, lavam, esterilizam e a reutilizam em outro paciente. Essa é a situação na sala de cirurgia do Nasser, consegue imaginar?”
-Profissional de MSF no hospital Nasser, em relato no dia 26 de janeiro de 2024.

26 de janeiro de 2024, integrante da equipe de MSF encurralado no hospital Nasser | “Não havia mais profissionais no pronto-socorro do hospital Nasser. Não havia leitos, só algumas cadeiras e nenhuma equipe, apenas alguns enfermeiros. Levamos os pacientes para a emergência para prestar os primeiros socorros; conseguimos com o que tínhamos, tentamos estancar o sangramento e separar os pacientes lá. Foi um evento horrível e realmente me afetou psicologicamente.”

“(…) Fui à sala de cirurgia para receber um paciente em nosso departamento e perguntei aos poucos profissionais que restavam se poderiam fornecer uma gaze abdominal. Eles disseram que não havia restado nenhuma e que as que havia já estavam sendo usadas em vários pacientes. Eles usam a gaze uma vez, depois espremem o sangue, lavam, esterilizam e a reutilizam em outro paciente. Essa é a situação na sala de cirurgia do Nasser, consegue imaginar?”

Fotografia tirada dentro do hospital Nasser, 13 de março de 2024 © MSF

29 de janeiro de 2024, registro no diário de atividades de MSF | A Organização Mundial da Saúde (OMS) entregou suprimentos médicos ao hospital Nasser.

30 de janeiro de 2024, registro no diário de atividades de MSF | Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês) enviou combustível para o Nasser.

6 de fevereiro de 2024, registro no diário de atividades de MSF | Combate intenso em Khan Younis, perto do Nasser. O hospital Nasser continua sitiado, com 450 feridos, 300 profissionais médicos, 10 mil pessoas desabrigadas.

8 de fevereiro de 2024, registro no diário de atividades de MSF| O Nasser está cercado por tanques. Atiradores de elite disparam contra o hospital. Uma enfermeira foi ferida (com uma bala no peito).

 

Quem havia sido morto estava caído no chão e ninguém conseguia alcançar.”
-Integrante da equipe de MSF sobre situação no Nasser em 8 de fevereiro.

Relato de integrante da equipe de MSF que estava no Nasser no dia 8 de fevereiro, registrado em 21 de março:

“Ninguém conseguia sair do prédio, o hospital ficou cheio de lixo. Quem havia sido morto estava caído no chão e ninguém conseguia alcançar. Honestamente, não há um momento específico para mim, porque todos os momentos foram aterrorizantes. A única coisa que eu pensava era em sair do hospital. Um dos meus colegas de equipe foi baleado no ombro e no peito quando estava na sala de descanso, em 8 de fevereiro.”

11 de fevereiro de 2024, diário de MSF | Nasser cercado por tanques. Atiradores de elite atirando em direção ao hospital (um homem foi morto a tiros na entrada do hospital).

13 de fevereiro de 2024, diário de MSF | Nasser: Ordem para evacuar deslocados internos. São 402 pacientes, 35 em diálise, 18 na UTI, três na UTI neonatal, três a quatro mulheres no pós-parto e pouco menos de 200 pacientes em macas. Três pessoas foram mortas e outras 10 ficaram feridas por disparos israelenses dentro do complexo médico Nasser.

Naquele dia, uma escavadeira militar israelense destruiu o portão da entrada norte do hospital, seguida por um tanque. Os soldados que estavam no local ordenaram que as pessoas que buscavam abrigo no Nasser deixassem o hospital. Mais tarde, um prisioneiro palestino algemado e usando equipamento de proteção individual (EPI) branco foi enviado ao hospital pelo exército israelense para ordenar que os desabrigados fossem evacuados mais uma vez. Imagens publicadas por várias mídias mostram que essa pessoa foi executada.

Relato de integrante da equipe de MSF que estava no Nasser no dia 13 de fevereiro, registrado em 21 de março:

“Durante os dias 13 e 14 de fevereiro, fomos informados pela administração do hospital que o exército israelense havia informado que todas as pessoas deveriam deixar o hospital, exceto a equipe médica e suas famílias. Saí com minha família no dia 15 [de fevereiro], às três horas da manhã, quando o exército israelense deu um prazo para que todos deixassem o hospital antes de entrar nele.

Noite de 14 a 15 de fevereiro de 2024, registro no diário de atividades de MSF | À noite: bombardeio no setor de ortopedia do Nasser. Uma pessoa morreu e oito ficaram feridas. As forças israelenses entraram no hospital Nasser, destruindo muitos equipamentos, ambulâncias… A equipe começou a evacuar o hospital no meio da noite. Integrante da equipe de MSF preso pelas forças israelenses.

15 de fevereiro de 2024, atualização #119, Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) | “No momento da redação desta atualização, em 15 de fevereiro, as forças israelenses teriam entrado no hospital Nasser, em Khan Younis, incluindo o setor de maternidade, de acordo com o Ministério da Saúde em Gaza. Os militares israelenses alegaram que o Hamas estava mantendo reféns ou retendo os corpos de israelenses dentro do complexo.”

“O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou que duas missões planejadas para chegar ao hospital nos últimos quatro dias tiveram o acesso negado, e que sua equipe perdeu o contato com os profissionais do hospital.”

Os bombardeios [no hospital] eram contínuos e violentos, e não conseguíamos determinar o local da explosão.”

-Integrante da equipe de MSF sobre situação no Nasser em 15 de fevereiro.

Relato de integrante da equipe de MSF que estava no Nasser no dia 15 de fevereiro, registrado em 21 de março:

“Sobre os pacientes que estavam no hospital, cerca de 170 pacientes não conseguiam andar, e o estado de saúde deles era muito difícil devido à falta de comida e de material adequado para cada caso. Os bombardeios [no hospital] eram contínuos e violentos, e não conseguíamos determinar o local da explosão. Depois de nos prepararmos para sair, soubemos que o bombardeio havia sido no setor de ortopedia, causado pelo exército israelense.”

16 de fevereiro de 2024, diário de MSF | Cinco pacientes morreram sem atendimento médico adequado, devido à falta de eletricidade. As forças israelenses prenderam 20 pessoas.

17 de fevereiro de 2024, diário de MSF | As forças israelenses ainda estão dentro do Nasser. Nao há água, não há comida. Evacuação de 14 pacientes (pela Nações Unidas e Sociedade do Crescente Vermelho da Palestina). A equipe da OMS não teve permissão para entrar no hospital para avaliar as condições dos pacientes e as necessidades médicas críticas, apesar de ter chegado ao complexo hospitalar para entregar combustível.
Ainda havia uma zona de combate ativa ao redor, as ambulâncias não podiam entrar no complexo e os pacientes eram transportados manualmente.

20 de fevereiro de 2024, Guillemette Thomas, coordenadora-médica de MSF |
“A situação no hospital Nasser é mais um exemplo da forma como as instalações de saúde estão sendo desmanteladas uma a uma nesta guerra. Embora inicialmente tenham sido informados de que poderiam permanecer dentro da instalação, a equipe médica e os pacientes foram colocados em perigo em um local onde deveriam estar protegidos.”

21 de fevereiro de 2024, atualização #123, Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) | “Em 20 de fevereiro, ambulâncias da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS, na sigla em inglês) evacuaram 21 pessoas feridas do hospital Nasser, também em Khan Younis, para dois hospitais de campanha em Rafah, em colaboração com a OMS e o OCHA.”

“Nos dois dias anteriores, os mesmos parceiros haviam evacuado 32 pacientes em estado crítico do hospital Nasser para três outros hospitais em Gaza após o cerco e o ataque ao complexo hospitalar pelos militares israelenses.”

Fotografia tirada dentro do hospital Nasser, 13 de março de 2024 © MSF

22 de fevereiro de 2024, registro no diário de atividades de MSF | As forças israelenses se retiraram ontem do hospital Nasser. Evacuação de pacientes para Deir Al-Balah, Khan Younis e Rafah. Não há água, não há eletricidade ou alimentos. Acúmulo de lixo, esgoto transbordando.

27 de fevereiro de 2024, registro no diário de atividades de MSF | Evacuação de 72 casos críticos no total. Cento e vinte pacientes ainda estão lá. Setenta profissionais de saúde ainda detidos.

12 de março de 2024, a rede de notícias BBC divulga imagens que mostram pessoas detidas e ajoelhadas dentro do hospital Nasser, depois que ele foi invadido pelo exército israelense.

17 de março de 2024, Léo Cans, coordenador-geral de MSF na Palestina, descreve suas visitas aos hospitais Al-Shifa e Nasser.

Agora, metade do prédio [do Nasser] está abrigando pessoas deslocadas internamente, principalmente profissionais que trabalhavam lá e perderam suas casas.”
-Dorothée Deslandes, líder da equipe médica de MSF.

Dorothée Deslandes, líder da equipe médica de MSF, descreve sua visita ao hospital Nasser em 21 de março:

“A estrada nem é mais uma estrada, são montanhas de casas e lojas destruídas por toda parte. Quando chegamos ao Nasser, o que é o Nasser… ele não está mais funcionando. Agora, metade do prédio está abrigando algumas pessoas deslocadas internamente, principalmente profissionais que trabalhavam lá e perderam suas casas. Agora eles estão dormindo dentro das alas, e todo o prédio está completamente sujo, cheio de poeira e de gatos – há muitos, milhares de gatos lá dentro.”

“Uma das paredes foi danificada, mas é a única parede no quarto andar, a parede na ortopedia. Um dos profissionais de MSF, um dos motoristas, estava chorando durante a viagem quando percebeu o que havia restado da rua e do prédio. Um outro integrante da nossa equipe acabou de chegar ao hospital e quase desmaiou, não conseguia enxergar e não conseguia mais falar. Ele realmente precisou de tempo para entender o que o Nasser é agora.”

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, apenas um terço dos hospitais de Gaza está funcionando parcialmente. Entre 7 de outubro de 2023 e 12 de março de 2024, houve 410 ataques à saúde relatados pelo Ministério da Saúde e pela OMS3 .

MSF reitera seu apelo por um cessar-fogo imediato e sustentado em Gaza – a única maneira de pôr fim ao massacre de civis e permitir que as organizações humanitárias atendam às imensas necessidades de uma população aterrorizada, faminta e exausta.

 

¹ O diário de MSF é um documento interno no qual são registradas informações diárias relacionadas ao gerenciamento dos projetos da organização. Ele inclui as atividades médicas das equipes que trabalham nas instalações de saúde de Gaza, incidentes de segurança, evacuações de pacientes via Rafah e suprimentos de combustível. Ele reflete a troca de informações entre a equipe de coordenação de MSF em Jerusalém e as equipes de MSF em Gaza.
² Dina, de 13 anos de idade, teve as duas pernas amputadas e ficou órfã após um ataque aéreo à sua casa, no norte de Gaza.
³ Grupo de Saúde de Gaza, relatório quinzenal, 20 de março de 2024

 

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