Cinco coisas que gostaríamos que você soubesse sobre a atual crise

Entenda as preocupações de Médicos Sem Fronteiras em meio à atual crise

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1.    Estamos vivendo uma emergência

Nunca vimos uma pandemia desta dimensão e, como não temos vacinas ou tratamento contra o novo coronavírus, contamos com poucas medidas para combater a COVID-19. Nossa única opção no momento é desacelerar a transmissão, para que assim menos pessoas cheguem ao mesmo tempo às instalações médicas, sobrecarregando o sistema de saúde. Por isso é tão importante que você siga as recomendações de distanciamento social.

2.    Os profissionais de saúde precisam de proteção

As equipes da área médica estão na linha de frente do combate à COVID-19 e, por isso, estão mais expostas ao novo coronavírus. Precisamos garantir que esses profissionais tenham todo o equipamento de proteção individual necessário para fazer seu trabalho em segurança. Essas pessoas são fundamentais para cuidar do restante da população e não podem fazê-lo se também ficarem doentes. Por isso, devem ter prioridade, por exemplo, no escasso estoque de máscaras médicas disponível atualmente no mundo.

3.    Comunidades vulneráveis enfrentam riscos ainda maiores

A pandemia é especialmente perigosa para aqueles que já têm dificuldade de acesso a cuidados básicos de saúde, como migrantes e refugiados, assim como pessoas em situação de rua. Para elas, muitas vezes a COVID-19 vem se somar a diversos outros problemas de saúde, para os quais elas já têm dificuldade de conseguir atendimento.

4.    Quaisquer novos tratamentos e vacinas devem ser acessíveis a todos

Cientistas e pesquisadores estão correndo contra o tempo para desenvolver novas ferramentas contra o novo coronavírus. Quando esses medicamentos e vacinas finalmente estiverem prontos, precisamos garantir que a indústria farmacêutica não aproveite para lucrar ainda mais, colocando interesses financeiros à frente da vida das pessoas. Necessidades de saúde pública vêm primeiro.

5.    As pessoas ainda têm outras necessidades médicas urgentes

Já vimos sistemas de saúde colapsarem diante de grandes epidemias, como a de Ebola na África Ocidental entre 2014 e 2016. Por isso, tememos pelas vidas das pessoas atingidas pela COVID-19, assim como pela vida daquelas que precisam de atendimento por outros motivos. Precisamos manter nossos projetos vitais em mais de 70 países. As pessoas continuam precisando de cuidados maternos, vacinas contra o sarampo, cirurgias para feridas de guerra entre tantos outros cuidados que podem salvar vidas. Faremos tudo que estiver ao nosso alcance no combate ao novo coronavírus, sem deixar de oferecer assistência médica às pessoas em meio a diferentes crises humanitárias.

Você encontra esses cinco pontos também neste vídeo.

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