Cinco ações de MSF para prevenir a Malária na Tanzânia

Prevenção e tratamento da malária no acampamento de refugiados de Nduta e vilarejos vizinhos

Foto: Cynthia D'Cruz/MSF

Na região de Kigoma, noroeste da Tanzânia, MSF tem prestado assistência médica aos refugiados burundianos que vivem no acampamento de Nduta, assim como aos tanzanianos nas comunidades locais há mais de oito anos.

Durante a estação chuvosa, a malária é altamente endêmica, deixando seus residentes vulneráveis a contrair a doença durante todo o ano; o risco de exposição é especialmente alto em fevereiro, março e abril por causa da estação chuvosa, quando as águas estagnadas e as poças oferecem aos mosquitos um amplo terreno de reprodução.

Além de monitorar e responder aos picos de malária em nosso departamento de emergência, desde 2017, nossas equipes de MSF também conduzem atividades médicas preventivas e de água e saneamento para reduzir e controlar os vetores da malária no acampamento de Nduta e em vilarejos próximos, como Kumhasha, Biturana, Maloregwa e Nengo.

Aqui estão cinco maneiras pelas quais as equipes de MSF estão apoiando a prevenção da malária:

 

  1. Armadilha para mosquitos
Foto: Cynthia D’Cruz/MSF

Atraem e capturam mosquitos em busca de hospedeiros, para apoiar a análise de quantos mosquitos são portadores de malária. Isso também reduz o número de mosquitos no cômodo. Com essa análise, é possível elaborar mapas para rastrear quais áreas têm a maior incidência de mosquitos infectados e determinar a melhor maneira de reduzir a propagação da doença. Nossas equipes monitoram a incidência de mosquitos por zonas do acampamento, para ver quais delas têm a maior incidência e como intervir. A análise de quantos mosquitos são portadores de malária é feita uma vez por ano.

 

  1. Coleta, análise e mapeamento de dados
Foto: Cynthia D'Cruz/MSF | Sabrina Deocles é especialista em Sistema de Informações Geoespaciais (GIS) de MSF no campo de Nduta.
Foto: Cynthia D’Cruz/MSF | Sabrina Deocles é especialista em Sistema de Informações Geoespaciais (GIS) de MSF no campo de Nduta.

Nossas equipes realizam pesquisas para identificar áreas de alta incidência e informar as atividades de prevenção. MSF monitora os dados do departamento ambulatorial da Sociedade da Cruz Vermelha da Tanzânia, que fornece dados sobre a incidência da malária por zonas.

Usando mapas criados por especialistas do Sistema de Informação Geospacial (SIG), as equipes de MSF determinam a melhor maneira de reduzir a propagação da doença com base nas análises coletadas das armadilhas para mosquitos, assim como dados médicos das clínicas, para rastrear o número de casos por zona dentro do acampamento.

 

  1. Pulverização de larvicida
Foto: Cynthia D’Cruz/MSF

As chuvas fortes na região aumentam a incidência de água estagnada, ambiente propício para a proliferação de mosquitos e a disseminação da doença. Em resposta, equipes MSF estão realizando a pulverização de Larvicidas, um produto químico não-tóxico para matar larvas de mosquito em água estagnada. Eliminar os mosquitos na fase de larva impede que eles se espalhem e infectem qualquer pessoa com a doença.

 

  1. Pulverização residual interna
Foto: Cynthia D'Cruz/MSF
Foto: Cynthia D’Cruz/MSF

A Pulverização Residual Interna consiste em pulverizar inseticida dentro de edifícios e/ou estruturas para evitar a entrada de mosquitos. MSF pulveriza as estruturas hospitalares duas vezes por ano para manter nossos pacientes protegidos contra a malária.

 

  1. Redes mosquiteiras
Foto: Cynthia D'Cruz/MSF
Foto: Cynthia D’Cruz/MSF

As redes são montadas ao redor da cama para proteger as pessoas contra picadas de mosquitos enquanto dormem. Embora MSF tenha repassado a maioria das atividades de distribuição de redes mosquiteiras aos parceiros locais, conseguimos distribuir 318 redes mosquiteiras aos pacientes com anemia falciforme em 2022, no início da estação chuvosa.

A organização continua seu trabalho de prevenção e tratamento da malária, enquanto exige soluções mais eficazes e sustentáveis para combater a doença e reduzir o número de casos e mortes evitáveis.

 

MSF tem atuado intermitentemente na Tanzânia desde 1993, respondendo a diferentes necessidades e emergências em todo o país, incluindo malária, HIV/Aids, cólera, fornecimento de água, cuidados de saúde primários e secundários, preparação de emergência para surtos de doenças, necessidades de saúde de refugiados e outros programas para melhorar o acesso das pessoas à assistência médica.

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