Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão de MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
Levamos cuidados de saúde a pessoas em extrema necessidade de ajuda humanitária. Atuamos em contextos de conflitos armados e guerras, epidemias e pandemia, desastres naturais e socioambientais e em situações de refúgio, migração e deslocamentos forçados.
Como organização médica, buscamos sempre oferecer o melhor tratamento disponível aos nossos pacientes. O trabalho de MSF envolve uma grande variedade de atividades, desde a organização de campanhas…
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Mais de um milhão de casos foram relatados entre 2013 e 2018, mas isso representa apenas uma fração do número real. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a incidência real seja superior a um milhão de novos casos a cada ano. Em 2018, foram registradas 251.533 ocorrências em todo o mundo, e 76% delas vieram de sete países, cada um com mais de 10 mil casos: Síria, Afeganistão, Paquistão, Iraque, Irã, Brasil e Argélia.
1.
Os tipos mais frequentes de LC são os causados pelos protozoários Leishmania tropica (L.tropica) e Leishmania major (L.major), presentes no norte da África, Oriente Médio e Ásia ocidental. Esses tipos causam feridas na pele, geralmente no rosto, que costumam se curar sem tratamento, mas deixam cicatrizes severas. Lesões que ocorrem nas articulações, mãos e pés podem se tornar debilitantes. A Leishmaniose cutânea causada pelo L.major é zoonótica (transmitida de animais para seres humanos) e geralmente se cura espontaneamente dentro de três a seis meses. A LC causada pelo L.tropica é antroponótica (transmitida entre seres humanos) e frequentemente provoca surtos.
Uma forma única e potencialmente grave de LC, causada pelo protozoário L.aethiopica, é encontrada apenas em populações vulneráveis que vivem em áreas montanhosas remotas da Etiópia. Esse tipo de LC pode resultar em acometimento da mucosa e lesões crônicas difusas, cobrindo todo o corpo. Essa é provavelmente a forma mais negligenciada de LC e, devido à falta de pesquisas, não existe tratamento baseado em evidências.
2.
Pacientes com LC podem apresentar lesões na pele que variam de tamanho e aparência ao longo do tempo. Inicialmente, essas lesões podem ser nódulos indolores que aumentam gradualmente até se transformar em úlceras. A leishmaniose cutânea pode causar uma grande variedade de problemas de pele que vão desde feridas simples autocurativas até lesões mucocutâneas difíceis de ser curadas, que destroem a cartilagem e os tecidos moles da face, deixando cicatrizes severas.
Como a leishmaniose cutânea não é fatal, os tomadores de decisões políticas frequentemente a ignoram, apesar de as consequências serem graves e duradouras. Estima-se que 70% dos pacientes com LC enfrentam sofrimento psicológico e estigmatização por causa de cicatrizes e deficiências causadas pela doença. A apresentação clínica depende da espécie do parasita causador, dentre as várias que são encontradas em todo o mundo
3.
O principal tratamento consiste um ciclo de três a quatro semanas de injeções locais (intralesional) ou sistêmicas com antimoniais. O procedimento é incômodo, doloroso e potencialmente tóxico. MSF apela por maiores esforços em pesquisa e desenvolvimento de tratamentos eficazes, seguros, tópicos ou orais e bem toleráveis para LC, que podem ser implantados como tratamento ambulatorial a nível de atenção primária de saúde (com acompanhamento para estabelecer a cura).
4.
Além dos sintomas indicativos da doença, para o diagnóstico clínico de leishmaniose cutânea é necessário considerar se o paciente é oriundo de áreas endêmicas. De forma complementar, amostras de tecido podem ser examinadas para verificar a presença do parasita. MSF defende que haja mais esforços em pesquisa e desenvolvimento de testes de diagnóstico rápido para a detecção de casos de leishmaniose.
5.
MSF está presente no Paquistão desde 1986 e oferece assistência médica a pessoas nas províncias de Baluchistão e Khyber Pakhtunkhwa, onde a LC é um problema de saúde pública extremamente negligenciado e subnotificado. A OMS estima que a incidência anual de novos casos pode ser superior a 100 mil.
MSF fornece diagnóstico e tratamento de LC em vários hospitais e tratou mais de 6.500 pacientes em 2019, um terço do total de casos relatados no país.
Desde 2017, MSF trata a LC também na Síria, outro país com número de casos muito alto e com pouco acesso ao tratamento.
Esta página foi atualizada em fevereiro de 2022.