Serra Leoa: MSF inaugura maternidade para mulheres grávidas com Ebola

Mais vulneráveis quando infectadas, as gestantes terão acesso a cuidados especializados

serra_leoa-msf-msb17319-ebola-anna_surinyach

Uma nova maternidade para mulheres grávidas com Ebola – ou para aquelas que estão com suspeita de ter o vírus – foi inaugurada dentro de um centro de tratamento da doença  em Serra Leoa pela organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF).

A nova maternidade é em Kissy, no subúrbio de Freetown, onde MSF tem administrado um centro de tratamento de Ebola desde 8 de janeiro. O centro tem admitido pacientes nas últimas três semanas, mas a nova maternidade para os casos suspeitos e confirmados de Ebola permitirá às equipes médicas oferecer cuidados especializados para mulheres grávidas.

“Os profissionais médicos da maternidade concentrarão esforços na oferta de cuidados especializados para mulheres grávidas e na tentativa de minimizar o sangramento das mães durante e após o parto, para prevenir que morram por causa de hemorragias”, diz Olivia Hill, coordenadora médica de MSF em Freetown. “As chances de sobrevivência das mães são relativamente baixas, mas o prognóstico para o feto é muito pior.”

Sabe-se relativamente pouco sobre Ebola e gravidez. Por isso, a inauguração da maternidade trará maior compreensão acerca dos efeitos do Ebola sobre esse grupo vulnerável e sobre como os cuidados obstétricos para mulheres infectadas podem ser melhorados.

A maternidade tem 33 leitos para casos suspeitos e confirmados de Ebola, enquanto o centro de tratamento tem outros 40 leitos, onde algumas mulheres grávidas estavam sendo tratadas. As novas admissões terão agora acesso a cuidados especializados.

Desde o início do surto de Ebola, mulheres grávidas tiveram acesso limitado a cuidados de saúde. Febre e sangramentos – comuns durante a gravidez – também são sintomas de Ebola. Por essa razão, as equipes de saúde temrelutado frequentemente em admiti-las no hospital ou deixá-las parir nas instalações por medo da contaminação.

Serra Leoa tem um dos maiores índices de mortalidade materna no mundo.
 

Compartilhar
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on print