Rostos em meio ao conflito no Sudão no Sul

Compartilhamos os rostos e as histórias de algumas vítimas dos violentos combates no país

Scott Hamilton/MSF

No condado de Twic, no Sudão do Sul, mais de 33 mil pessoas deslocadas ainda carecem dos itens essenciais mais urgentes, como abrigo, comida e água potável. Para quem está distante, tanto tempo de hostilidade pode fazer esquecer que, por trás das partes em confronto, há civis inocentes sendo privados de uma vida segura e digna. Médicos Sem Fronteiras (MSF) reforça que todas as pessoas, de qualquer lugar do mundo, devem receber assistência e proteção.

Conheça algumas das histórias de quem vive em meio a violências no país:

 Naryak Laldei

Foto: Scott Hamilton/MSF
Foto: Scott Hamilton/MSF

Quando a violência eclodiu, seu marido foi morto e ela fugiu com seus dois filhos pequenos. Eles levaram sete dias para chegar a este acampamento para deslocados no Condado de Twic porque as crianças são muito novas. Em suas mãos, ela segura o único objeto que conseguiu levar com ela antes de fugir – um cobertor, que agora eles usam para dormir.

“Quero que ouçam minha história porque agora que meu marido está morto, não há ninguém que se preocupe comigo“, disse Naryak.

 

Kwanya Teb

Foto: Scott Hamilton/MSF
Foto: Scott Hamilton/MSF

 É uma das milhares de pessoas deslocadas no condado de Twic depois que a violência eclodiu em Agok, onde ela, seu marido e cinco filhos moravam. Kwanya tem alimentado seus filhos com folhas de plantas, pois não há mais nada para comer.

 

Michael

Foto: Scott Hamilton/MSF
Foto: Scott Hamilton/MSF

Michael era um residente de Agok antes da recente violência o forçar a fugir para Turalei, onde agora permanece com parentes. Como ele e sua família estão hospedados fora dos acampamentos, eles não recebem os alimentos distribuídos dentro dos acampamentos. Michael sai todos os dias para encontrar comida para sua família, muitas vezes isso requer a pesca. Dois dias antes desta foto, Michael pescou sete peixes, no dia anterior, foram três. No dia em que esta foto foi tirada, Michael não conseguiu pescar nenhum.

 

Atem Mabot

Foto: Verity Kowal/MSF
Foto: Verity Kowal/MSF

Atem, sua esposa e filhos estão abrigados no campo de deslocados de Gomgoi. A filha de Atem, Grace, nasceu no hospital de Agok pouco antes de ele e sua família serem forçados a fugir da violência.

Pessoas deslocadas precisam de assistência urgente

Após violentos confrontos intercomunitários em Agok e nos arredores que eclodiram em fevereiro de 2022, MSF suspendeu os serviços em seu hospital em Agok e começou a fornecer assistência médico-humanitária no condado de Twic e na cidade de Abyei, para onde a população deslocada fugiu.

Nos últimos meses, MSF vem fornecendo alimentos, água, itens de primeira necessidade e construindo latrinas em seis locais, além de administrar clínicas móveis em três dos locais onde os deslocados estão abrigados.

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