Quando sair é o último recurso: migrando da Venezuela para o Brasil

Conheça três histórias de migrantes venezuelanos que ingressaram no Brasil na esperança de encontrar uma vida melhor

Foto: Mariana Abdalla/MSF

Desde a reabertura parcial da fronteira do Brasil com a Venezuela, em julho, um número crescente de migrantes e solicitantes de asilo têm atravessado para o lado brasileiro, em Roraima. A maioria passa a viver na rua, e equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) presentes nas cidades de Pacaraima e Boa Vista têm testemunhado a falta de acesso destas pessoas a cuidados de saúde e outros serviços básicos.

Em Roraima, os pacientes de MSF apresentam estresse agudo, depressão e ansiedade ligados ao deslocamento, à separação familiar, às longas caminhadas e à violência. Conheça algumas dessas histórias:

1 – María Helena e Domingo

“Nós dois estamos aqui. Meus outros dois filhos estão no Rio Grande do Sul. É uma separação da família também. E talvez, mesmo que não demonstre, eu tenha uma dor interna. Que lindo seria se pudéssemos ter ficado lá [na Venezuela]”, conta María Helena. Ela e Domingo vivem em Pacaraima, no estado de Roraima, e recebem cuidados médicos e psicológicos de MSF.

2 – Virgínia e Oriana

“Estamos passando por um processo terrível. Estamos dormindo na rua com os nossos filhos. Às vezes roubam da gente, às vezes… se fazem tantas maldades na rua. Estamos sujeitas à violência”, contam Virgínia e Oriana, que atualmente vivem em Boa Vista, capital de Roraima. Elas partiram da Venezuela devido à crise econômica e às consequentes dificuldades de sobrevivência no país.

3 – María

“Sou mãe de sete filhos e vim em busca de uma vida melhor para eles. A ideia era eu procurar algo aqui e buscá-los, mas não consegui porque em Pacaraima não há trabalho, e tenho medo de ir para outro lugar porque aqui estou perto do meu país”, conta María, migrante venezuelana que está vivendo no estado de Roraima.

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