Psicóloga paulista trabalha em projeto de HIV/Aids em Moçambique

Elaine Teixeira está há oito meses em Maputo, de onde escreverá seu diário de bordo contando sobre seu trabalho com Médicos Sem Fronteiras

Cuidar de pacientes com HIV/Aids não é nenhuma novidade para a psicóloga paulista Elaine Teixeira, de 33 anos. Após trabalhar por dez anos com organização não governamental Grupo de Incentivo à Vida (GIV), ela decidiu enfrentar um novo desafio: trabalhar com pacientes soropositivos do projeto de Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Moçambique. A partir desta quarta-feira, ela conta um pouco de sua experiência em seu Diário de Bordo.

"Com todas suas carências, o Brasil tem um dos melhores programas de HIV/Aids do mundo e eu queria ter outra experiência. Tinha muita vontade de poder oferecer mais para quem mais precisa, como ir à África por exemplo. Fui buscar então uma oportunidade em MSF", conta Elaine.

Sua função é dar apoio psicológico aos pacientes com HIV/Aids. "Estou dando o melhor de mim porque estou em um projeto que considero lindo e muito especial", afirma a psicóloga.

Além de poder ajudar os mais necessitados, Elaine destaca ainda a oportunidade de atuar em uma equipe internacional. "É incrível trabalhar com pessoas de diferentes países e aprender a lidar com a diversidade de modo a conseguir atender ao que para nós é o mais importante: os pacientes, doentes e as pessoas que necessitam da ajuda humanitária".

Vivendo há oito meses em Maputo, Elaine está bem integrada à vida moçambicana. "O país é pobre e isso é duro de ver, pois quem sofre é o povo. Mas eu estou muito adaptada aqui. Os moçambicanos são muito queridos e alegres, mesmo com todos os problemas que enfrentam", conta.

As saudades de casa também existem, mas são compensadas pelo trabalho. "Sinto muita falta do Brasil, da família e dos amigos. No entanto, aqui posso encontrar coisas que não posso ter no Brasil, como um prazer imensurável de dar o pouco que tenho a quem precisa tanto e, apesar de todas as carências das pessoas, receber muito em troca", diz.
 

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