Onda de violência no Haiti faz MSF transferir pacientes

Ao todo 21 pessoas internadas precisaram ser encaminhadas para outra instalação de MSF após confrontos na capital haitiana de Porto Príncipe

Onda de violência no Haiti faz MSF transferir pacientes

Um forte tiroteio ocorrido na última terça-feira (23), entre membros de gangues em Porto Príncipe, capital do Haiti, forçaram as equipes da organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) a transferir 21 pacientes do hospital de Drouillard, único no país especializado no tratamento de queimaduras, para outro hospital de MSF, localizado no bairro de Tabarre.

MSF já havia transferido serviços ambulatoriais para pacientes com queimaduras para o hospital Tabarre em 13 de fevereiro, após uma primeira onda de violência em Drouillard nos dias 8 e 10 de fevereiro. Apenas o pronto-socorro do hospital Drouillard permanece aberto até o momento, com capacidade reduzida e limitada para novos pacientes em situação de emergência, com quadros de saúde graves.

“A situação ao redor do nosso hospital em Drouillard piorou, tanto para os pacientes quanto para a equipe”, disse Aline Serin, coordenadora-geral de MSF no Haiti. “Diante da recorrência dessa violência, decidimos transferir os pacientes de nosso centro de queimados e serviços ambulatoriais para nosso hospital de trauma em Tabarre, a fim de garantir a proteção da equipe, a segurança de nossos pacientes e a continuidade de seus cuidados.”

O hospital de MSF em Drouillard é o único centro especializado no país a se concentrar no tratamento de queimaduras graves.
“Lamentamos ter que transferir esses pacientes porque nosso hospital em Tabarre já está muito ocupado com pacientes sofrendo de lesões traumáticas, mas no momento não é possível continuar com segurança nossas atividades de tratamento de queimaduras em Drouillard”, disse Alain Ngamba, coordenador médico de MSF no Haiti.

Nesse contexto de violência em Porto Príncipe, MSF reitera a necessidade de segurança mínima no entorno das unidades de saúde da localidade, para que pacientes e equipes que trabalham na instalação possam acessá-las.

 

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