MSF retoma atividades na Cidade de Gaza

Trabalho havia sido interrompido devido à escalada da ofensiva israelense na região

Veículo de MSF do lado de fora do Hospital Al Rantisi, na Cidade de Gaza, em meio à destruição na região. Outubro de 2025, Palestina. ©MSF

Médicos Sem Fronteiras (MSF) foi forçada a deixar a Cidade de Gaza em 24 de setembro de 2025, em meio à intensificação da ofensiva israelense. Após o início do cessar-fogo em 10 de outubro, mais de 402.400 movimentos de deslocamento foram registrados do sul para o norte da Faixa de Gaza, de acordo com a Atualização Instantânea do Monitoramento de Movimentos Populacionais. Após uma cuidadosa avaliação, MSF retomou parcialmente as atividades na região, enquanto continuamos nos esforçando para chegar onde os pacientes estão.

Em 15 de outubro, reabrimos nossa clínica para tratamento de ferimentos na Cidade de Gaza. Desde então, nossas equipes receberam mais de 640 pacientes — a maioria com lesões relacionadas a traumas. Muitos estavam sem acesso a cuidados adequados e curativos há semanas. MSF também continua a apoiar remotamente o Hospital Maternidade Al-Helou e o Hospital Al-Shifa com suprimentos e combustível.

Uma das instalações onde tivemos que suspender as atividades, no início de setembro, foi o Centro de Saúde Primária (PHCC, sigla em inglês) que apoiávamos em Sheikh Radwan. Quando nossas equipes retornaram à área na semana passada, encontraram a instalação parcialmente destruída, deixando a comunidade sem uma fonte crucial de atendimento médico.

Desde 14 de outubro, MSF também retomou o transporte de água na Cidade de Gaza. Por nove dias consecutivos, temos fornecido entre 90 mil e 180 mil litros de água potável por dia, em 9 a 14 pontos de distribuição. Atualmente, estamos avaliando a possibilidade de expandir ainda mais essas operações, à medida que mais pessoas retornam do sul do território e enfrentam acesso limitado à água potável na Cidade de Gaza.

*Esses números refletem os fluxos populacionais, e não os retornos permanentes, pois nem todas as pessoas que fazem a jornada permanecem no norte da Faixa de Gaza.

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