MSF pede ao governo etíope que responda a relatórios que atribuem responsabilidade pelo assassinato de profissionais de MSF a membros de suas forças armadas

Presidente de MSF na Espanha, Paula Gil, pede conclusões sobre circunstâncias da morte de María, Tedros e Yohannes, assassinados em Tigré em junho de 2021.

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Foto: Igor Barbero/MSF

“Hoje, 17 de março, o The New York Times publicou uma investigação sobre os assassinatos de nossos colegas María Hernández, Tedros Gebremariam e Yohannes Halefom em Tigré, na Etiópia, em 24 de junho de 2021. A investigação atribui a responsabilidade pelos assassinatos à Força de Defesa Nacional da Etiópia (ENDF, em inglês), incluindo o envolvimento direto de um comandante da ENDF.

Pedimos à República Federal Democrática da Etiópia para responder a esta reportagem que atribui a responsabilidade pelos assassinatos intencionais de nossos colegas a membros de sua força militar, a ENDF.

Desde as mortes trágicas de nossos colegas, Médicos Sem Fronteiras (MSF) tentou incansavelmente entender todas as circunstâncias por trás desses assassinatos e obter um reconhecimento de responsabilidade. As conclusões preliminares da nossa própria análise interna, que foram compartilhadas com as autoridades etíopes, não confirmaram com certeza quem foram os autores nem os seus motivos.

Tanto em público quanto bilateralmente, envolvemos ambas as partes presentes na área onde os assassinatos ocorreram – a Força de Defesa Nacional da Etiópia e a Frente Popular de Libertação de Tigré – e transmitimos pedidos e perguntas específicos sobre um possível envolvimento no incidente. Também pedimos que compartilhassem conosco e com as famílias de María, Tedros e Yohannes os resultados de suas investigações e revisões. Hoje, ainda não temos qualquer clareza sobre as circunstâncias que levaram aos assassinatos ou a um reconhecimento de responsabilidade. Por meio de nosso engajamento bilateral, sabemos que há uma investigação da República Federal Democrática da Etiópia em andamento e acreditamos que é urgente que eles compartilhem suas descobertas.

Precisamos de clareza de todas as partes sobre o que aconteceu naquele dia terrível e continuaremos o nosso compromisso bilateral para obter essa informação. A segurança de profissionais humanitários que prestam cuidados médicos e assistência em toda a Etiópia exige urgentemente que sejam tomadas medidas adequadas para evitar que um incidente tão trágico volte a acontecer. A memória de María, Tedros e Yohannes, a dor de seus parentes próximos, amigos e colegas precisam de consolo e conclusão. Precisamos de respostas.”

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