Kiev, capital da Ucrânia, amanhece sob intenso bombardeio

Ataques crescentes a áreas residenciais na cidade ameaçam vidas e cuidados médicos essenciais

Prédios residenciais danificados pelos bombardeios. 31 de julho de 2025. @MSF

Na manhã desta quinta-feira (31/07), todos os moradores de Kiev, capital da Ucrânia, incluindo os profissionais de Médicos Sem Fronteiras, acordaram com o som de explosões. A cidade foi alvo de um intenso ataque com drones e mísseis. Relatos indicam ataques a casas, hospitais, escolas e universidades em áreas residenciais onde vivem famílias com crianças. Pelo menos oito pessoas teriam sido mortas durante a noite passada, incluindo uma criança de 6 anos, e mais de 100 ficaram feridas.

Edifícios residenciais danificados por bombardeios. 31 de julho de 2025. @MSF

Kiev é uma cidade com mais de 3 milhões de habitantes, incluindo famílias deslocadas das regiões da linha de frente e dos territórios ocupados. É também o lar de profissionais de MSF  e onde estão localizados dois de nossos escritórios de coordenação que apoiam atividades em todo o país.

Nos últimos meses, os ataques a Kiev tornaram-se mais frequentes. Desde a invasão em grande escala pelas forças russas em 2022, muitas pessoas se mudaram para essa cidade em busca de segurança – mas agora, estão em risco.

Clínica infantil em Kiev com a maioria das janelas danificada por bombardeios. 31 de julho de 2025. @MSF

Kiev também abriga grandes hospitais que oferecem atendimento especializado. Pacientes com necessidades médicas graves ou complexas são frequentemente transferidos de outras partes do país para a capital . Os ataques à cidade colocam em risco tanto a existência desse atendimento quanto as pessoas que dependem dele.

Janela de maternidade em Kiev destruída pelos ataques. 31 de julho de 2025. @MSF

MSF está testemunhando o impacto devastador e contínuo dos intensos ataques aéreos em áreas residenciais em todo o país.”
Ainur Absemetova, coordenadora-geral de MSF na Ucrânia

“Esses ataques não só destroem casas e infraestruturas essenciais, como escolas, hospitais, sistemas de energia e de água, como também minam a sensação de segurança e dignidade das pessoas, deixando-as em um estado constante de medo e incerteza”, diz Ainur Absemetova, coordenadora-geral de MSF na Ucrânia.

Esse terror contínuo intensifica o trauma existente, aprofunda a insegurança e a ansiedade e aumenta a necessidade urgente de apoio médico e psicológico de emergência”, conclui.

 

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