Integrante de MSF é libertado no Chade

Funcionário internacional ficou em cativeiro por 29 dias, em local desconhecido, sob poder de um grupo não identificado

Um integrante da equipe de Médicos Sem Fronteiras (MSF) que havia desaparecido depois que o conjunto de casas de MSF foi roubado em Adé, leste do Chade, foi libertado com segurança nesta quarta-feira. O integrante da equipe internacional ficou em cativeiro por 29 dias, em um local não identificado e sob poder de um grupo armado também não identificado.

“Estamos incrivelmente aliviados com o fato de que nosso colega está a salvo, tem boa saúde e bom ânimo”, contou Hans van de Weerd, diretor-geral de MSF na Holanda.

MSF gostaria de agradecer ao extraordinário apoio recebido dos líderes administrativos locais e tribais e por seus incansáveis esforços em negociar incondicionalmente a libertação do integrante de nossa equipe.

Inicialmente, dois integrantes da equipe foram dados como desaparecidos após o roubo, ocorrido nas primeiras horas da manhã do dia 4 de agosto. Enquanto o funcionário chadiano pôde voltar para casa em segurança no dia 7 de agosto, o colega internacional continuou em cativeiro até ontem.

“MSF está ultrajado com o fato que o bem-estar de nossa equipe foi posto em risco e que a família, os amigos e colegas foram forçados a passar por um período de extrema ansiedade”, afirma Van de Weerd. "Nossa equipe teve que trabalhar muito para oferecer atendimento de saúde gratuito para as pessoas que precisam de assistência e fazer a equipe médica de alvo prejudica essas atividades”.

Enquanto MSF continua a oferecer atendimento de saúde no Chade, como resultado do incidente, a organização foi forçada a suspender as atividades em dois projetos no leste do país, em Adé e Kerfi, e um número de funcionários internacionais tiveram de deixar o país.

“É triste e frustrante ter que parar de oferecer atendimento de saúde em um lugar onde as necessidades são tão grandes. No entanto, a segurança de nossa equipe vem acima de tudo e nosso trabalho médico independente deve ser respeitado se queremos continuar a trabalhar em áreas de conflito para salvar vidas dos que mais sofrem”, defende Van de Weerd.

Nosso foco agora é reunir nosso funcionário e sua família e amigos. Neste momento, MSF não vai mais comentar a situação para dar o espaço e a privacidade de que nosso funcionário necessita.

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