Entenda por que Médicos Sem Fronteiras está na COP30

MSF apela a ações concretas para lidar com os impactos da crise climática na saúde das populações em situação de vulnerabilidade

De 10 a 21 de novembro, Belém (PA) será palco da COP30, a conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Pela primeira vez, o Brasil sediará o encontro, e Médicos Sem Fronteiras (MSF) levará às discussões uma perspectiva urgente: a da saúde.

As consequências da crise climática já são sentidas todos os dias nos projetos de MSF ao redor do mundo. Ondas de calor mais intensas, secas prolongadas, enchentes e deslocamentos forçados estão agravando doenças, dificultando o acesso à água potável e pressionando sistemas de saúde já frágeis. E as pessoas mais afetadas são as que menos contribuem para a crise.

Por que é importante a presença de MSF na COP?

Embora os impactos das mudanças climáticas sobre a saúde sejam cada vez mais evidentes, a saúde ainda não é tratada como tema central nas negociações internacionais sobre o clima.

As decisões tomadas na COP podem influenciar diretamente as comunidades com as quais MSF trabalha e, por isso, este é um momento importante para garantir que as vozes dessas populações sejam ouvidas pelos líderes mundiais.

MSF defende que as ações climáticas incluam soluções concretas para proteger a saúde das pessoas, especialmente as que estão em situação mais vulneráveis. Isso significa garantir que os compromissos climáticos se traduzam em melhorias reais para a vida das pessoas, fortalecendo sistemas de saúde locais e garantindo apoio técnico e financeiro às comunidades mais afetadas.

Plano de Ação em Saúde de Belém: um passo importante

Um dos marcos esperados para a COP30 é o lançamento do Plano de Ação em Saúde de Belém, previsto para 13 de novembro, o Dia da Saúde da COP.

O plano representa um passo importante para integrar a saúde à agenda climática, promovendo adaptação e resiliência diante dos desafios ambientais.

O que MSF espera da COP30

MSF apela para que os governos e líderes mundiais assumam compromissos reais e urgentes para:

Reduzir as emissões de gases de efeito estufa, apresentando metas mais ambiciosas;
Garantir apoio técnico e financeiro às populações e países mais afetados;
Colocar a saúde no centro das decisões climáticas.

Sem essas ações, as mudanças climáticas continuarão a piorar as condições de vida e a saúde de milhões de pessoas, especialmente aquelas que já enfrentam crises humanitárias, deslocamentos forçados e falta de acesso a cuidados médicos básicos.

A crise climática é também uma crise de saúde!

A presença de Médicos Sem Fronteiras na COP30 é um chamado à ação: é hora de reconhecer que proteger o planeta também é proteger vidas.

A saúde das pessoas deve ser prioridade nas respostas à crise climática.

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