É grande o número de feridos civis na região oeste da Costa do Marfim após ataque militar

MSF faz um apelo às partes envolvidas no conflito para que respeitem a população civil. Num único dia, 50 civis – entre crianças, mulheres e idosos – deram entrada no hospital de Man com ferimentos graves. Desses, 8 morreram.

Na tarde de terça-feira, 15 de abril, a organização Médicos Sem Fronteiras teve que tratar cerca de 50 civis feridos no hospital de Man, no oeste da Costa do Marfim. Os feridos – entre eles, 9 crianças, 13 mulheres e alguns idosos – disseram ter sido vítimas de ataques de helicópteros em Danane e Maheupleu. A maioria apresentou ferimentos graves no abdômen, fraturas expostas e membros dilacerados. A equipe cirúrgica teve que realizar 12 intervenções de emergência, tais como amputações. Além das mortes verificadas no local dos ataques, 8 pessoas – incluindo 3 crianças – morreram no hospital devido aos ferimentos.

Este não é um incidente isolado. Outros ataques violentos contra civis são informados com freqüência às equipes de MSF que assistem à população deslocada em Daloa, Duékoué e Guiglo.

Chocados com a extrema violência desses ataques e com as suas conseqüências para as vítimas, MSF está preocupada com a falta de proteção para a população civil, que nunca deve ser alvo de violência ou ataques deliberados.

MSF pede a todas as partes envolvidas no conflito no oeste da Costa do Marfim que respeitem a população civil e que tomem todos os cuidados necessários para proteger as instalações médicas, além de equipamentos de saúde e profissionais de ajuda humanitária.

Desde 10 de outubro do ano passado, equipes nacionais e internacionais de Médicos Sem Fronteiras vêm oferecendo assistência à população civil, fortemente afetada pelo conflito na Costa do Marfim. Essas equipes realizaram quase 100 mil consultas médicas, 1.650 intervenções cirúrgicas, 3.800 partos, 3.100 hospitalizações e aplicaram 10.700 vacinas contra o sarampo em toda a população.

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