Darfur: Governo pede que MSF feche projeto de saúde mental

Mesmo com a retomada das atividades, organização terá que acabar com esse componente do programa até o fim deste ano

Instruído pela Comissão de Ajuda Humanitária Sudanesa do Ministério Federal da Saúde, Médicos Sem Fronteiras (MSF) precisará fechar os componentes de saúde mental de suas atividades no Darfur Sul.

A partir do começo de novembro, MSF não pode aceitar novos pacientes em seus programas de orientação no acampamento de Kalma. Por causa da responsabilidade médica, MSF recebeu a permissão de continuar tratando os pacientes atuais até o fim deste ano, mas terá de parar as atividades de orientação de pacientes a partir de 31 de dezembro. MSF está autorizado a continuar tratando apenas doenças psiquiátricas leves.

Desde 2006, MSF treinou equipes e concedeu 9.380 sessões de orientação individuais para mais de 1.600 pacientes sofrendo de problemas de saúde mental. No ano passado, 84% dos pacientes de saúde mental de MSF demonstraram melhora ou eliminação dos sintomas, obtendo alta dos tratamentos. MSF lamenta o fato de que não vai mais poder continuar a tratar pacientes de saúde mental e que foi incapaz de convencer as autoridades de quanto a atividade é essencial.

Com as assinaturas finais no Acordo Técnico de 2008, MSF vai ser beneficiado com todas as permissões de viagem da equipe, permissões de trabalho e todos os cargos médicos e logísticos necessários para garantir o funcionamemo dos programas e a continuidade da qualidade médica de seus serviços até o fim do ano. Novos acordos precisarão ser negociados em 2009.

MSF continua a trabalhar em Darfur com equipes estrangeiras e nacionais, oferecendo serviços cirúrgicos, internação e ambulatório, com saúde primária, cuidados de saúde infantil e da mulher e assistência nutricional.

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