Cirurgião de MSF fala sobre necessidades médicas na Síria

“Nós fazemos tudo, do nascimento à morte”, diz Steve Rubin

“Antes da guerra, as pessoas na Síria tinham acesso a cuidados de boa qualidade. Algumas delas desejam ter o mesmo tipo de cuidados novamente. E, então, elas vêm até aqui porque não há nenhum outro lugar para onde possam ir.

 
Além de nós, todos os demais estão trabalhando com trauma relacionado à guerra e, por isso, os outros hospitais não podem ajudá-los com a maioria das patologias. É por isso que estamos aqui. Estamos tentando preencher uma lacuna para eles.
 
Essencialmente, a sala de emergência lida com pessoas diabéticas, hipertensas e com problemas de coração. Além disso, lidamos com vítimas que chegam aqui, com ferimentos causados por estilhaço, e estamos sempre preparados para a ocorrência de uma mass casualty, quando uma grande quantidade de pessoas feridas chega de uma vez.
 
Mas estamos, também, trazendo vida nova ao mundo diariamente. Na região, não há ninguém administrando hospitais que oferecem serviços de maternidade. Há parteiras nas comunidades, mas não há hospitais que façam o serviço mais.
 
Nós fazemos tudo, do nascimento à morte.
 
O centro cirúrgico é uma tenda inflável, mas funciona. Nós temos equipamentos, não todos de que precisaríamos, mas é o suficiente.
 
Não é um ambiente cirúrgico comum. É um ambiente de MSF e você entra ali e diz a si mesmo: ‘vou fazer o meu melhor com o que eu tenho e salvar tantas vidas quantas eu puder’.”
Compartilhar
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on print