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Tanzânia: uma das maiores crises de refugiados da África

Estima-se que 300 pessoas cheguem por mês ao acampamento de Nduta, cuja capacidade original é de 50 mil pessoas, mas que abriga, atualmente, mais de 65 mil. A superlotação dos campos e as condições de vida extremamente insalubres são potenciais causadoras de malária, cólera e outras doenças evitáveis.
Refugiada no campo de Nduta. Apesar de essa ser uma das maiores crises de refugiados da África, pouco foi feito por parte de atores humanitários para reverter a situação. A prestação se cuidados de saúde, a distribuição de água potável e alimentos e a disponibilização de abrigo são cada vez mais urgentes no país.
Em algumas regiões, a população refugiada ainda tem acesso a água. Contudo, o influxo de imigrantes é cada vez maior, o que significa que, em breve, a quantidade de água fornecida nos acampamentos já não será suficiente. A qualidade da água oferecida também é uma preocupação: a falta de água potável e limpa aumenta em larga escala o número de casos de diarreia, infecções de pele e doenças graves, como a cólera.
No fim de 2015, Médicos Sem Fronteiras montou um hospital de 110 leitos no acampamento de Nduta, no qual realizou mais de 60 partos, além de ter conduzido mais de 17.500 consultas médicas. De acordo com equipes da organização, são realizados, hoje, cerca de 12 partos por dia.
Membro da equipe de controle vetorial de Médicos Sem Fronteiras (MSF). O trabalho dessas equipes tem como principal objetivo conter o avanço da malária, que é endêmica em algumas regiões da Tanzânia. Entre janeiro e agosto de 2016, equipes de MSF trataram mais de 72 mil casos de malária nos acampamentos de Nyarugusu e Nduta.
Mães no acampamento de Nduta, no qual Médicos Sem Fronteiras (MSF) é a única organização a oferecer serviços de saúde. O hospital do acampamento, de 110 leitos, conta com alas de consultas gerais, maternidade, pediatria, uma sala de emergência e um centro de nutrição terapêutica. MSF atua na Tanzânia desde 1993.
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Fugindo de crises e violência em seu país, cerca de 10 mil brundineses chegam à Tanzânia por mês à procura de abrigo, alimentos e segurança. Como resultado, há mais de 250 mil pessoas, entre imigrantes congoleses e burundineses, vivendo em apenas três acampamentos improvisados e sendo submetidas a condições desastrosas.

A galeria de fotos de Louise Annaud mostra a realidade enfrentada por milhares de mulheres, homens e crianças que buscam abrigo na Tanzânia, mesmo em meio à falta de recursos essenciais.
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