Guerra esquecida no Iêmen: uma visão do norte do país

Uma mulher e seu filho perto do hospital de MSF em Sanaa. O menino está carregando uma arma de brinquedo, imitando o comportamento que observa ao seu redor.
Em Sanaa, os hospitais públicos ainda estão funcionando, apesar de estarem sendo violentamente prejudicados pela escassez de medicamentos.
A maioria dos deslocados de Khamir fugiu dos bombardeios massivos contra a província de Saada, que foi declarada zona militar pela coalizão liderada pela Arábia Saudita em maio.
Alguns dos deslocados de Khamir se abrigaram em prédios públicos, como escolas, onde equipes de MSF realizam consultas médicas.
Os deslocados que fugiram dos bombardeios estão vivendo em abrigos, que são, na realidade, tendas, e temem a chegada do inverno com suas temperaturas negativas.
Noroeste de Sanaa, uma pequena cidade montanhosa de Al’ Asha
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Bombardeios constantes, bloqueio de ajuda, tréguas não obedecidas. Em seis meses, o conflito iemenita tirou milhares de vidas, incluindo as de várias centenas de crianças, e há relatos de mais de 1,5 milhão de deslocados.

O Iêmen é um desastre humanitário que acontece em silêncio na medida em que o acesso ao país é quase impossível para jornalistas e a atenção internacional está voltada para a Síria.

Em outubro de 2015, o fotógrafo francês Guillaume Binet viajou a Sanaa e ao norte do país para registrar as atividades de Médicos Sem Fronteiras e para documentar a situação dos civis encurralados nessa guerra brutal.
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