República Democrática do Congo: MSF envia 4 aviões com mantimentos de ajuda emergencial

MSF vai abrir um centro de nutrição terapêutica com capacidade para atender mais de 500 crianças desnutridas. Um posto de triagem na entrada de Bunia oferece atendimento emergencial às pessoas que retornam à cidade fugindo dos conflitos e da insegurança.

A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou hoje que está enviando quatro aviões de carga repletos de mantimentos de ajuda emergencial para a cidade de Bunia, a capital do turbulento distrito de Ituri, localizado no nordeste da República Democrática do Congo. No total, os aviões levarão 50 toneladas de mantimentos para Bunia, incluindo alimentação emergencial (biscoitos com alto valor energético, leite em pó terapêutico e pasta de amendoim enriquecida), rolos de lonas para proteção (aquecimento), e material para abrir um centro de alimentação terapêutica para fornecer atendimento a mais de 500 crianças desnutridas.

MSF organizou, em um ponto de acesso à cidade, um posto de triagem para as famílias que retornam a Bunia, onde os primeiros socorros são prestados e os pacientes que precisam de cuidados urgentes são encaminhados ao Hospital de MSF. De acordo com as pessoas que trabalham no posto de triagem, os que retornam chegam exaustos, muitos estão doentes, feridos, e um grande número de crianças sofre de grave desnutrição.

Além das famílias que retornam a Bunia (pois haviam fugido dos conflitos ocorridos na cidade, em maio último), mais famílias continuam deixando as vilas ao entorno em direção a cidade, em busca de proteção e assistência. Elas fogem dos combates esporádicos e da constante insegurança. O número de atendidos cresce a cada dia e o estado nutricional e de saúde das vítimas exige assistência médica imediata. MSF continua sem acesso a essas áreas fora da cidade de Bunia.

Desde meados de maio, MSF está administrando um hospital de 70 leitos de emergência, com centro cirúrgico, em Bunia. A equipe de MSF na cidade consiste de 10 profissionais expatriados e 104 empregados locais, dos quais 42 são da área de saúde.

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