MSF pede pela segurança e libertação imediata de profissionais seqüestrados na Somália

A médica espanhola Mercedes García e a enfermeira argentina Pilar Bauza foram levadas quando seguiam para um centro nutricional da organização em Bossasso

Após a confirmação de que dois integrantes de sua equipe foram levados à força na manhã de quarta-feira em Bossasso, a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) fez um apelo urgente pela soltura imediata e em segura das profissionais Mercedes García, médica espanhola, e Pilar Bauza, enfermeira argentina. Elas foram capturadas quando iam para um centro de nutrição de MSF, montado para tratar crianças desnutridas próximo aos acampamentos de deslocados internos e refugiados em Bossaso, na região Puntland na Somália.

O projeto de nutrição oferece atendimento para 7 mil crianças desnutridas com menos de cinco anos. Essas crianças fazem parte de uma população de 25 mil deslocados internos que vivem em 19 acampamentos da região.

No momento, não há confirmação de nenhum outro detalhe do incidente. Parte da equipe de MSF que estava em Bossasso foi evacuada. Há três funcionários internacionais que ainda continuam no projeto. A organização está em contato com as autoridades locais e nacionais.

Desde que as atividades de MSF tiveram início em Bossasso, a equipe não recebeu nenhuma ameaça direta ou foi atacada. No entanto, a situação na região é precária devido a vários atos de violência realizados por grupos armados.

"Nossa prioridade agora é que nossas colegas sejam libertadas sem ferimentos. Nós denunciamos ataques contra trabalhadores humanitários que fazem com que o acesso às populações vulneráveis se torne mais difícil. A Somália está esquecida e esses incidentes apenas pioram o sofrimento das pessoas", afirmou Paula Farias, presidente de MSF na Espanha.

MSF trabalha continuamente na Somália há mais de 16 anos e está atualmente oferecendo assistência de saúde em 11 regiões do país. Há cerca de 60 profissionais internacionais e mais de 800 nacionais trabalhando na Somália, na realização de mais de 300 mil consultas e internação de mais de 10 mil pacientes todos os anos. O projeto em Bossasso teve início em maio deste ano e sua equipe é composta por oito profissionais internacionais e cem nacionais.

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