Exposição no Ibirapuera teve mais de 4.500 visitantes

Depois de São Paulo, a mostra Campo de Refugiados no Coração da Cidade segue para o Rio de Janeiro, onde ficará aberta ao público do dia 4 a 13 de outubro

Durante os dez dias em que a exposição interativa Campo de Refugiados no Coração da Cidade ficou aberta à visitação do público, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, mais de 4.500 pessoas conheceram melhor a realidade de milhões de pessoas que se vêem obrigadas a abandonar suas casas, deixar seus países e buscar segurança em acampamentos. O sucesso com o público paulista reflete a capacidade da estrutura montada por Médicos Sem Fronteiras (MSF) de transportar os visitantes para um contexto completamente alheio aos seus cotidianos.
   
Para retratar como funciona um campo de refugiados, MSF levou para o Ibirapuera duas tendas de moradia, uma latrina, um centro de abastecimento de água e tendas de triagem, vacinação, tratamento de desnutrição aguda e de acolhimento psicológico – estruturas são semelhantes aos de um acampamento real.    Por meio de uma dinâmica interativa, na qual cada um dos visitantes assumia o papel de um refugiado real; médicos, enfermeiras, logísticos, psicólogos, fisioterapeutas, e outros profissionais de MSF, apresentavam as estruturas de saúde ao público e mostravam como a organização trabalha em campos de refugiados.
   
O choque de realidade gerado pela troca de identidade ficava nítido nos depoimentos dos visitantes. “A gente fica imbuído da energia dos refugiados. Sentimos uma parcela, ainda que muito pequena, do que essas pessoas sentem”, disse Tina Andrade, que visitou a exposição no primeiro final de semana do evento.  

A enfermeira Danielle Borges, que já trabalhou em um campo de deslocados internos e esteve na exposição, como guia, afirma que o que mais a chamou atenção foi ver que todos se sensibilizam com a realidade dos refugiados: “muitas vezes dizem que as pessoas não se importam com essa situação, mas elas se importam sim. O problema é que elas não têm acesso às informações que mostramos aqui”.

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