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Dia mundial de luta contra a Aids
Esses retratos estão reunidos para transmitir as mensagens das pessoas HIV positivo por meio da internet e destacar a necessidade de modelos de cuidado baseados em suas realidades. A iniciativa visa atrair a atenção que as pessoas com HIV merecem em debates públicos no Dia Mundial de Luta contra a Aids e ilustrar o impacto dos modelos de cuidado baseados na comunidade.
As pessoas que posaram para as fotos desejam mostrar a importância do empoderamento de seu grupo comunitário. Por outro lado, querem também destacar as dificuldades que enfrentam, a inviabilidade dos modelos atuais como alternativas realmente agregadoras e apontar as fraquezas do sistema de saúde, que, atualmente, não apoiam a ampliação de soluções que, se consideradas, facilitariam o acesso de milhões de pessoas a tratamento.
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“Sem mais longas filas no posto de saúde para buscar refis de medicamentos” - Proporcionalmente à sua população, o Malauí tem três vezes menos profissionais de saúde que o mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Um em cada dez adultos é HIV positivo e precisa ir até a clínica todo mês para retirar seus comprimidos diários. Para isso, passam um dia inteiro na fila, o que desencoraja muitas pessoas– quem vai olhar as crianças, trabalhar na plantação, limpar a casa, buscar água e preparar comida enquanto a mãe vai à clínica? Grupos Comunitários de Tratamento Antirretroviral (CAG, na sigla em inglês) resolvem esse problema: os membros do grupo revezam-se para retirar os medicamentos. Assim, cada pessoa apenas enfrenta a fila quando precisa ser atendida pelo médico para o check-up anual.
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“Preciso do suporte de outras pessoas HIV positivo. Vamos nos organizar para ter acesso aos medicamentos” - A experiência de MSF com diferentes modelos de cuidados comunitários indica que essas iniciativas ajudam a reduzir o estigma e aumentam a solidariedade entre os membros de grupos. Em um Grupo Comunitário de Tratamento Antirretroviral, a pessoa é que decide com quem deseja se agrupar – se com vizinhos, familiares, amigos ou apenas conhecidos. As reuniões mensais são encontros nos quais as pessoas podem compartilhar seus problemas comuns: discutir possíveis efeitos colaterais e a aderência ao tratamento para HIV. Cada grupo tem sua própria dinâmica. Muitos dos grupos iniciados por MSF desenvolveram suas próprias atividades, como peças de teatro para sensibilizar a comunidade sobre o HIV e o estigma associado ao vírus. (Foto: Simon Van Laar/MSF)
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“Quero estar no comando do meu tratamento” – Hoje, existem ferramentas que permitem às pessoas que vivem com HIV estarem no comando de seus tratamentos por meio, por exemplo, do monitoramento da carga viral, que indica precisamente se o tratamento está funcionando. No entanto, na maioria dos casos na África subsaariana, os cuidados para HIV envolvem muita interferência médica, como, por exemplo, a obrigatoriedade de os pacientes serem examinados por um clínico mensalmente. As regras também são muito rígidas, como a proibição da retirada dos medicamentos por terceiros, que é a base do funcionamento dos grupos comunitários. Além disso, o financiamento e suporte a organizações da sociedade civil foram reduzidos. Em suma, não se confia o suficiente nas pessoas soropositivas para serem responsáveis por seus próprios tratamentos. Por isso, são poucos os esforços investidos em sua educação. (Foto: Simon Van Laar/MSF)
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“Simplifiquem a forma como tenho acesso a antirretrovirais. Estou cansada das longas caminhadas.” - “Testei positivo para o HIV em 2006, e tenho estado em tratamento antirretroviral (Tarv) há 5 anos. Sou uma pequena agricultora: planto e colho o que minha família come, além de algumas flores para vender. Antes da existência dos Grupos Comunitários de Tratamento Antirretroviral (CAG, na sigla em inglês) no último ano, eu tinha de caminhar dez quilômetros todas as vezes (20, no total) para buscar meus medicamentos. Eu saía antes do amanhecer, para garantir que chegaria à clínica de Majada antes das 7h00, antes de sua abertura. De outra forma, eu teria que ficar na fila por horas e poderia nem mesmo voltar para casa antes do anoitecer. Estou cansada de caminhar, e realmente preciso de uma forma mais simples de pegar meus antirretrovirais (ARVS). (Foto: Munyaradzi Makari/MSF)
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“Não gosto de estar na clínica. Tragam os ARVs para a comunidade”
“Tomo antirretrovirais (ARVs) há cinco anos. Nesse tempo, tive que caminhar 12 quilômetros todas as vezes que precisei ir à clínica buscar meus medicamentos, uma vez por mês. Agora, com os Grupos Comunitários de Tratamento Antirretroviral (CAG, na sigla em inglês), posso confiar em membros do meu grupo para buscá-los em meu nome, menos quando tenho de ir pessoalmente ver o médico para fazer o check-up anual. Esses grupos nos dão chance de descansar.” (Foto: Munyaradzi Makari/MSF)
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“Quero buscar os antirretrovirais quando precisar deles, e não estar sempre na clínica, mesmo quando não estou doente”
“Sou uma agricultora de subsistência. Fui diagnosticada em junho de 2009, comecei o tratamento antirretroviral em 15 de maio de 2012 e, antes de entrar para um grupo comunitário, tinha de caminhar 24 quilômetros – ida e volta – uma vez a cada três meses para buscar meus medicamentos na clínica de Majada. O grupo vai ser um alívio imediato, já que não vou mais precisar caminhar longas distâncias. Vou ter mais tempo para trabalhar na plantação e alimentar minha família.” (Foto: Munyaradzi Makari/MSF)
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“Meu bebê precisa que eu tome medicamentos para o HIV todos os dias, mas não posso caminhar cinco horas até a clínica para buscá-los”
“Tenho vivido com HIV por quase dez anos. Comecei o tratamento em 2005, graças ao meu conselheiro, que me encorajou a tomar antirretrovirais. Sei da importância do tratamento porque tenho três filhos e, graças à seriedade com que me trato, eles são todos HIV negativo. Mas é difícil se manter em tratamento quando a clínica fica tão longe", diz Ana Maria Manuel, de Moatiza, província de Tete, no Moçambique. (Foto: Delphine Goux/MSF)
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“Fiquei muito doente em 2005, quando descobri que estava com HIV. Naquela época, não havia antirretrovirais na clínica de Changara. Tive que ir até Tete para começar o tratamento. De carro, são 45 minutos entre as duas localidades, mas como não tenho carro e não posso pagar pelo transporte público, tive de caminhar. Felizmente, agora há ARVs nessa clínica de Changara, apoiada por MSF, mas a caminhada de meu vilarejo até lá ainda é longa. Muitas pessoas morrem aqui porque não têm acesso ao tratamento. Os Grupos Comunitários de Tratamento Antirretroviral ajudam porque, agora, apenas um representante de nosso grupo de seis pessoas retira medicamentos mensais para todos os demais. Todos contribuímos para pagar pelo transporte dessa pessoa.” (Foto: MSF)
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"Descobri que era HIV positivo em 2007. Estava grávida de meu primeiro filho, então, esse teste foi parte da rotina dos cuidados de pré-natal. Naquele tempo, eu não estava doente, mas, como estava grávida, podia iniciar o tratamento precocemente para proteger meu bebê. O grupo comunitário de HIV tem muitas vantagens, já que me permite não ter de ir à instalação de saúde todo mês. Além disso, em caso de doença, os membros do grupo se ajudam mutuamente para chegarem ao centro de saúde." (Foto: MSF)
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“Sem mais longas filas no posto de saúde para buscar refis de medicamentos” - Proporcionalmente à sua população, o Malauí tem três vezes menos profissionais de saúde que o mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Um em cada dez adultos é HIV positivo e precisa ir até a clínica todo mês para retirar seus comprimidos diários. Para isso, passam um dia inteiro na fila, o que desencoraja muitas pessoas– quem vai olhar as crianças, trabalhar na plantação, limpar a casa, buscar água e preparar comida enquanto a mãe vai à clínica? Grupos Comunitários de Tratamento Antirretroviral (CAG, na sigla em inglês) resolvem esse problema: os membros do grupo revezam-se para retirar os medicamentos. Assim, cada pessoa apenas enfrenta a fila quando precisa ser atendida pelo médico para o check-up anual.
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“Preciso do suporte de outras pessoas HIV positivo. Vamos nos organizar para ter acesso aos medicamentos” - A experiência de MSF com diferentes modelos de cuidados comunitários indica que essas iniciativas ajudam a reduzir o estigma e aumentam a solidariedade entre os membros de grupos. Em um Grupo Comunitário de Tratamento Antirretroviral, a pessoa é que decide com quem deseja se agrupar – se com vizinhos, familiares, amigos ou apenas conhecidos. As reuniões mensais são encontros nos quais as pessoas podem compartilhar seus problemas comuns: discutir possíveis efeitos colaterais e a aderência ao tratamento para HIV. Cada grupo tem sua própria dinâmica. Muitos dos grupos iniciados por MSF desenvolveram suas próprias atividades, como peças de teatro para sensibilizar a comunidade sobre o HIV e o estigma associado ao vírus. (Foto: Simon Van Laar/MSF)
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“Quero estar no comando do meu tratamento” – Hoje, existem ferramentas que permitem às pessoas que vivem com HIV estarem no comando de seus tratamentos por meio, por exemplo, do monitoramento da carga viral, que indica precisamente se o tratamento está funcionando. No entanto, na maioria dos casos na África subsaariana, os cuidados para HIV envolvem muita interferência médica, como, por exemplo, a obrigatoriedade de os pacientes serem examinados por um clínico mensalmente. As regras também são muito rígidas, como a proibição da retirada dos medicamentos por terceiros, que é a base do funcionamento dos grupos comunitários. Além disso, o financiamento e suporte a organizações da sociedade civil foram reduzidos. Em suma, não se confia o suficiente nas pessoas soropositivas para serem responsáveis por seus próprios tratamentos. Por isso, são poucos os esforços investidos em sua educação. (Foto: Simon Van Laar/MSF)
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“Simplifiquem a forma como tenho acesso a antirretrovirais. Estou cansada das longas caminhadas.” - “Testei positivo para o HIV em 2006, e tenho estado em tratamento antirretroviral (Tarv) há 5 anos. Sou uma pequena agricultora: planto e colho o que minha família come, além de algumas flores para vender. Antes da existência dos Grupos Comunitários de Tratamento Antirretroviral (CAG, na sigla em inglês) no último ano, eu tinha de caminhar dez quilômetros todas as vezes (20, no total) para buscar meus medicamentos. Eu saía antes do amanhecer, para garantir que chegaria à clínica de Majada antes das 7h00, antes de sua abertura. De outra forma, eu teria que ficar na fila por horas e poderia nem mesmo voltar para casa antes do anoitecer. Estou cansada de caminhar, e realmente preciso de uma forma mais simples de pegar meus antirretrovirais (ARVS). (Foto: Munyaradzi Makari/MSF)
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“Não gosto de estar na clínica. Tragam os ARVs para a comunidade”
“Tomo antirretrovirais (ARVs) há cinco anos. Nesse tempo, tive que caminhar 12 quilômetros todas as vezes que precisei ir à clínica buscar meus medicamentos, uma vez por mês. Agora, com os Grupos Comunitários de Tratamento Antirretroviral (CAG, na sigla em inglês), posso confiar em membros do meu grupo para buscá-los em meu nome, menos quando tenho de ir pessoalmente ver o médico para fazer o check-up anual. Esses grupos nos dão chance de descansar.” (Foto: Munyaradzi Makari/MSF)
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“Quero buscar os antirretrovirais quando precisar deles, e não estar sempre na clínica, mesmo quando não estou doente”
“Sou uma agricultora de subsistência. Fui diagnosticada em junho de 2009, comecei o tratamento antirretroviral em 15 de maio de 2012 e, antes de entrar para um grupo comunitário, tinha de caminhar 24 quilômetros – ida e volta – uma vez a cada três meses para buscar meus medicamentos na clínica de Majada. O grupo vai ser um alívio imediato, já que não vou mais precisar caminhar longas distâncias. Vou ter mais tempo para trabalhar na plantação e alimentar minha família.” (Foto: Munyaradzi Makari/MSF)
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“Meu bebê precisa que eu tome medicamentos para o HIV todos os dias, mas não posso caminhar cinco horas até a clínica para buscá-los”
“Tenho vivido com HIV por quase dez anos. Comecei o tratamento em 2005, graças ao meu conselheiro, que me encorajou a tomar antirretrovirais. Sei da importância do tratamento porque tenho três filhos e, graças à seriedade com que me trato, eles são todos HIV negativo. Mas é difícil se manter em tratamento quando a clínica fica tão longe", diz Ana Maria Manuel, de Moatiza, província de Tete, no Moçambique. (Foto: Delphine Goux/MSF)
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“Fiquei muito doente em 2005, quando descobri que estava com HIV. Naquela época, não havia antirretrovirais na clínica de Changara. Tive que ir até Tete para começar o tratamento. De carro, são 45 minutos entre as duas localidades, mas como não tenho carro e não posso pagar pelo transporte público, tive de caminhar. Felizmente, agora há ARVs nessa clínica de Changara, apoiada por MSF, mas a caminhada de meu vilarejo até lá ainda é longa. Muitas pessoas morrem aqui porque não têm acesso ao tratamento. Os Grupos Comunitários de Tratamento Antirretroviral ajudam porque, agora, apenas um representante de nosso grupo de seis pessoas retira medicamentos mensais para todos os demais. Todos contribuímos para pagar pelo transporte dessa pessoa.” (Foto: MSF)
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"Descobri que era HIV positivo em 2007. Estava grávida de meu primeiro filho, então, esse teste foi parte da rotina dos cuidados de pré-natal. Naquele tempo, eu não estava doente, mas, como estava grávida, podia iniciar o tratamento precocemente para proteger meu bebê. O grupo comunitário de HIV tem muitas vantagens, já que me permite não ter de ir à instalação de saúde todo mês. Além disso, em caso de doença, os membros do grupo se ajudam mutuamente para chegarem ao centro de saúde." (Foto: MSF)
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