Síria: número de mortos em hospital de Aleppo sobe para 55

Mais vítimas foram encontradas em meio aos escombros do hospital Al Quds, apoiado por MSF

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O número de mortos pelos ataques aéreos que destruíram o hospital Al Quds, apoiado pela organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Aleppo, na Síria, subiu para 55, depois que mais corpos foram encontrados em meio aos escombros.

Os ataques aéreos atingiram, primeiramente, prédios vizinhos ao hospital, depois o hospital em si, no momento em que os feridos eram transferidos para a instalação. Entre as vítimas estão seis profissionais do hospital, incluindo um dos últimos pediatras em Aleppo, um dentista, dois enfermeiros, um técnico e um guarda.       

“Aleppo está sob fogo, com sua população sem escolha a não ser ‘ficar e morrer’”, disse Muskilda Zancada, coordenadora-geral de MSF na Síria. “Ataques aéreos continuam sendo direcionados a hospitais e áreas civis. As pessoas devastadas por anos de guerra estão encurraladas nesse pesadelo, inteiramente dependentes da ajuda humanitária e sem condições de deixar a região.”

Nos últimos dias, ataques aéreos também atingiram armazéns onde doações médicas e equipamentos são armazenados antes de serem enviados a instalações de saúde. Isso inclui o “sistema pré-hospitalar” mantido pela Direção de Saúde de Aleppo, da qual MSF é uma das doadoras. Civis foram mortos nesses ataques, e ambulâncias, doações médicas e outros itens essenciais foram destruídos.

“Nós perguntamos: o que está sendo feito para acabar com esse massacre?”, disse Muskilda Zancada. “Onde está a ação para salvar o que resta de Aleppo e garantir que civis estão protegidos dos ataques?”

Levará ao menos duas semanas até que o hospital esteja em condições de ser reaberto. No momento, estão sendo concentrados esforços nos reparos do que pode ser salvo. A emergência e o laboratório foram completamente destruídos, incluindo equipamentos e medicamentos essenciais. A pediatria foi quase totalmente destruída, incluindo a perda de sete incubadoras. O Centro de Terapia Intensiva está menos danificado, mas ainda precisará de um grande esforço para ser reativado. MSF está comprometida em ajudar o hospital com qualquer suporte que ele vá precisar nesse período e no futuro.

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