Iraque: “Nosso dia a dia era de abusos e mortes”

Cuidador de um centro de trauma de Mossul fala sobre o sofrimento dos que vivem cercados pela violência

Iraque: “Nosso dia a dia era de abusos e mortes”

“Meu nome é Hassan e eu nasci em 1968. Minha filha se chama Ilham e tem dez anos de idade. No total, tenho oito filhas. Estou sempre preocupado com elas. Com todas elas.

Fomos deslocados de uma região de Taktak e chegamos a uma nova casa, em outra área. Antes de sermos deslocados, a situação era desastrosa. Nosso dia a dia era de abusos e mortes. Minha filha foi ferida no dia em que chegamos à região “segura”. Tudo aconteceu no momento em que minha família foi limpar a casa. Aparentemente, havia uma armadilha, uma mina não detonada ou algo parecido. Tudo que vi foi minha filha caída no chão e sangrando.

Deus precisa nos salvar. Não há muito a se dizer sobre as circunstâncias. Tudo o que vimos até agora foram deslocamentos e refugiados. O que mais posso dizer? Tudo que quero é paz de espírito.”

Hassam Mahmoud Ahmad, cuidador do centro de trauma.
 

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